João Pessoa, 21 de novembro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Os governos do Egito e dos Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira um acordo para estabelecer um cessar-fogo entre o Exército de Israel e as milícias palestinas, na faixa de Gaza. A trégua deverá entrar em vigor a partir das 21h (17h no horário de Brasília).
O Exército de Israel lançou a operação Pilar de Defesa na quarta-feira passada (14), sob a justificativa de pôr fim aos ataques de foguetes palestinos, a partir de Gaza, contra o território israelense. Do lado palestino, ao menos 147 morreram. Do lado israelense foram cinco, sendo um militar.
O confronto marcou a primeira vez em que os foguetes palestinos ameaçaram Tel Aviv, a capital israelense, e a histórica Jerusalém. Horas antes do anúncio do cessar-fogo, um ônibus sofreu um ataque a bomba, na área central de Tel Aviv. Pelo menos 21 pessoas ficaram feridas. Tel Aviv não sofria um atentado desde abril de 2006, quando um homem-bomba palestino matou 11 pessoas em um terminal de ônibus.
No Twitter, o movimento radical islâmico Hamas, que governa Gaza, comemorou o atentado, mas não falou sobre a autoria.
Os termos exatos do acordo ainda não foram informados. Fontes israelenses informaram pouco antes que o acordo prevê cessar-fogo, mas não o fim do bloqueio econômico imposto por Israel a Gaza. Com o bloqueio, Israel pretende impedir o tráfico de armamentos para o território.
O anúncio foi feito no Cairo pelo chanceler egípcio, Mohamed Kamel Amr, e pela secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton. "Os esforços resultaram em entendimentos de um cessar-fogo para restabelecer a calma e por fim ao banho de sangue visto nesse período." No anúncio, Hillary agradeceu ao Egito por assumir uma posição de "responsabilidade e liderança" na região.
Em nota distribuída no momento do anúncio, a Casa Branca afirmou que o presidente Barack Obama elogiou o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, por ter aceitado a proposta de cessar-fogo e por ter se esforçado pra trabalhar com o novo governo egípcio e buscar uma solução "mais duradoura" para o problema.
O presidente afirmou, ainda segundo a nota, que está comprometido em encontrar financiamento adicional para o Domo de Ferro e outros sistemas de defesa antimísseis de Israel.
Esses sistemas, desenvolvidos pelas forças israelenses, são capazes de interceptar os foguetes palestinos no ar, o que reduz o número de mortes provocadas por esses artefatos, ainda de acordo com Israel.
Folha
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