João Pessoa, 16 de janeiro de 2021 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Toda a atividade produtiva precisou apresentar um protocolo para retomada das atividades. O setor de transporte público não foi diferente. A diferença é que nos ônibus os protocolos básicos recomendados pelas autoridades são solenemente ignorados.
Nos horários de pico, é possível ver em João Pessoa ônibus andam lotados, com passageiros comprimidos e sem o mínimo de distanciamento, respirando o mesmo ar.
Não há teto máximo de ocupantes, como em qualquer estabelecimento comercial, para garantir a mínima segurança. Termômetro para aferição de temperatura nem pensar.
Nos pontos de integração, funcionários que no auge da pandemia ofereciam álcool 70% aos passageiros antes da subida já não são mais vistos.
O serviço é diferenciado e mais complexo, como se sabe, mas a covid-19 é a mesma em todo lugar. Por que nos ônibus o rigor, o respeito às normas e a proteção a usuários e trabalhadores são ignorados solenemente sem qualquer fiscalização rigorosa?
Do jeito que estão rodando, sob o olhar permissivo do poder público e o silêncio conivente das autoridades, os ônibus são aglomerações ambulantes e com óbvio potencial de centros de contaminação em massa.
Mas, a pergunta é: por que esses riscos não sensibilizam e nem provocam questionamentos dos órgãos de fiscalização?
É pela fragilidade do usuário, gente de baixa renda, ou pela força dos empresários, tubarões com forte influência política?
O debate foi levantado pelo jornalista Heron Cid, na edição de ontem do Programa Hora H, veiculado de segunda à sexta-feira, das 18h às 19h, em rede estadual de rádio (RedeMais), encabeçada pela POP FM 89,3, de João Pessoa.
Confira:
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OPINIÃO - 22/11/2024