João Pessoa, 03 de junho de 2013 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Outro dia, em breve análise, a Coluna elogiou a salutar disposição do ex-prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital do Rêgo, pré-candidato ao Governo, de mergulhar em indicadores para aprofundar as discussões e críticas sobre os graves e históricos problemas que calejam a Paraíba.
Veneziano adicionou ao seu discurso doses de conteúdo e tem na ponta da língua dados de setores estratégicos da Paraíba, como a alta taxa de analfabetismo e o sofrível Produto Interno Bruno no Nordeste, números que tem servido de base contra o atual governo e de mote para os ciclos de debates iniciados pelo PMDB.
Como todo oposicionista, a estratégia é acertada: pegar todos os dados que revelam deficiências e botar na conta de quem está no governo. Entretanto, se esperava um Ricardo Coutinho na defensiva, Veneziano se enganou. O governador tem total interesse no comparativo entre o seu desempenho e as gestões do PMDB.
No quesito analfabetismo, por exemplo, Ricardo vai comparar os números: em 2010, ano em que a Paraíba era governada pelo PMDB de Veneziano, a taxa era de 22%. Em dois anos, houve um sensível avanço e esse índice caiu a 16%. Na ótica do governo, resultado dos programas implantados na gestão socialista.
Ricardo se sente preparado e estimulado entrar no ringue das comparações. Quer fazer um paralelo entre os dois anos de sua administração com os dez anos do PMDB. No seu dizer, está convicto que o partido adversário ficará na poeira quando precisar enfrentar o confronto dos números de leitos de hospitais, estradas, adutoras e segurança. Veneziano chamou e Ricardo topou a briga.
Evolução–
“Os atuais indicadores sociais da Paraíba estão muito melhores do que quando nós assumimos o governo”, enfatizou um empolgado e seguro governador Ricardo Coutinho, em contato com a Coluna.
Vantagem–
Sem precisar dizer, o socialista deixa a entender nas entrelinhas que encara a estratégia venezianista como tiro no pé: “Não tem nem comparação esses dois anos e meio com todo o período do PMDB no governo”.
Morre Júlio Rafael–
Pela militância histórica, verve ácida e coragem de defender suas posições, o petista Júlio Rafael, superintendente do Sebrae, falecido ontem em São Paulo, se tornou um dos petistas mais emblemáticos da Paraíba. Se no PT se notabilizou pela firmeza com que lutava pelas suas convicções, na saúde ele perdeu a luta contra o câncer. Mas lutou até o fim.
Autenticidade–
Pelos depoimentos colhidos pela Coluna, Júlio Rafael deixou como legado o estilo de quem escrevia e assinava em baixo tudo o que dizia, sem titubeios e sem abrir mão de suas idéias, por mais que amargasse o isolamento.
Visão–
No plano nacional, Júlio participou ativamente da construção de uma ala petista que passou a compreender a existência de vida inteligente fora do partido. Foi o passo que o PT deu para as alianças que levaram ao Planalto.
Pesar–
Jackson Macêdo, presidente do PT de João Pessoa, era ontem um dos amigos mais inconsoláveis com a perda de Júlio Rafael. Chorou copiosamente: “Ele foi um grande professor meu no PT, desde quando me filiei em 96”.
Mestre–
Hoje às 18h, no auditório da sede da OAB, entro na fila dos amigos e fãs do jornalista Rubens Nóbrega, que lança o seu livro Histórias da Gente, pela All Print (SP). Ex-titular deste espaço, Rubens dispensa apresentações.
Saldo–
Do ciclo de debates em Patos, o PMDB saiu com as seguintes sugestões ao plano de governo: Universidade do Sertão; política de extração de minérios e incentivo e financiamento ao transporte estudantil universitário.
Gesto–
Mesmo magoado e afastado do partido, o ex-presidente do PMDB, Haroldo Lucena, fez questão de ir à sede da legenda e sufragar seu voto na eleição do ex-governador Roberto Paulino para a vaga aberta de vice-presidente.
Resgate–
“Vou trabalhar para resgatar muitos peemedebistas históricos. Eu só tenho que agradecer e me tornar ainda mais comprometido em ajudar a fortalecer o nosso partido”, discorreu Paulino, em contato com o colunista.
Boato–
O jornalista paraibano Evaldo Costa, secretário de Comunicação de Pernambuco, pré-candidato a federal, desmentiu filiação ao PT do B, do ex-deputado Genival Matias, com quem conversou sobre possível dobradinha.
Laço–
“Eu tenho 20 anos de militância no PSB, sou membro da direção e tenho ótima relação com o partido na Paraíba”, historiou Evaldo, o filho de Parari, no Cariri, e homem de confiança do presidenciável Eduardo Campos.
Assédio–
Evaldo admitiu convites de filiação de outras legendas. O último partiu do vice-governador Rômulo Gouveia, que escancarou as portas do PSD. “Permaneço no PSB, embora grato à gentileza de Rômulo”, registrou.
PINGO QUENTE – “Cada um vai respeitar a decisão do outro”. Do vereador Bira Pereira sobre sua iminente decisão de se filiar ao PT, em sentido oposto ao ex-prefeito e aliado Luciano Agra.
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OPINIÃO - 22/11/2024