João Pessoa, 12 de novembro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O ex-general americano David Petraeus, que renunciou à chefia da CIA na última sexta-feira após a divulgação de que tinha um caso extraconjugal, tem dito a amigos que está "chocado" com os e-mails agressivos enviados por sua amante.
Paula Broadwell, que se envolveu com Petraeus enquanto escrevia sua biografia, enviou e-mails anônimos ameaçadores a Jill Kelley, uma outra mulher ligada ao ex-general. Eles acusavam Kelley de flertar com o militar.
Intimidada, Kelley pediu ao FBI (polícia federal americana) que investigasse o caso, o que levou à conclusão de que Broadwell era a autora dos e-mails e que ela tinha tido um caso com o ex-diretor da CIA.
De acordo com uma fonte próxima a Petraeus, ele não chegou a ler os e-mails, mas disse não imaginar que Broadwell fosse capaz de ameaçar outras pessoas.
Kelley e seu marido Scott eram amigos da família do ex-general. Ela e Petraeus trabalharam juntos durante alguns anos numa base militar na Flórida.
ENTENDA O CASO
David Petraeus renunciou ao cargo de diretor da CIA na sexta-feira, depois de descobrir que o FBI investigava seu envolvimento com sua biógrafa, Paula Broadwell.
As leis militares americanas proíbem o adultério. No caso da CIA, ele é considerado uma questão de segurança nacional, porque torna o adúltero um alvo fácil para chantagens.
E-mails anônimos contendo ameaças dirigidas a Jill Kelley deram início à investigação que levou à renúncia de Petraeus. O FBI descobriu que foram enviados por Broadwell, que via em Kelley uma rival pelo afeto de Petraeus.
Broadwell não comentou o caso até o momento. A família Kelley divulgou nota no domingo pedindo respeito à sua privacidade.
Folha.com
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