João Pessoa, 06 de novembro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, disse que pedirá para os habitantes das áreas litorâneas que deixem temporariamente essas regiões.
Dez dias após a supertempestade Sandy atingir a região, meteorologistas preveem a passagem de um novo fenômeno na costa leste americana nesta quarta-feira (7), trazendo o risco de fortes ventos (até 89 km/h), chuvas intensas e alagamentos.
"Preparem-se para novos blecautes. Fiquem em casa. Façam estoques novamente", advertiu Joe Pollina, meteorologista da National Weather Service (órgão federal para previsões do tempo).
Apesar da preocupação, a nova tempestade deve ter intensidade menor que a da semana passada. A Sandy, com ventos acima de 100 km/h, provocou a morte de mais de 100 pessoas em dez Estados.
Nesta terça a nova tempestade está se movendo da Flórida em direção ao Atlântico, mas ao se dirigir à região de Nova York ela deve se mover mais longe da costa do que os cientistas haviam previsto inicialmente.
Segundo o meteorologista Jeff Masters, do serviço privado Weather Underground, isso significa menos vento e menos chuva no continente. Mas ele afirma que o vento pode chegar a 80 km/h em Nova Jersey e Nova York na tarde e noite de quarta.
RECONSTRUÇÃO
Mesmo menor, a nova tempestade pode complicar os esforços de reconstrução da região. Os dois Estados ainda se recuperam das consequências do furacão, e depois ciclone, que devastou parte da costa leste americana.
Cerca de meio milhão de moradores no Estado de Nova York e outros 800 mil em Nova Jersey ainda permanecem sem luz. Os problemas se agravaram com a queda de temperaturas nesta segunda-feira –algumas pessoas, desesperadas, queimaram seus móveis para se aquecer.
"As noites são piores porque você se sente como estivesse lá fora, mesmo quando você está dentro [de casa]", disse Genice Josey, uma moradora de Far Rockaway, no distrito do Queens, em Nova York.
Além do frio, e da interrupção no fornecimento de energia, a cidade ainda tem pela frente a eleição presidencial, nesta terça-feira. Mas nem mesmo o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, sabia responder se a cidade estava pronta para o dia. "Eu não tenho a menor ideia", admitiu ontem.
"A habitação permanece o problema mais urgente da região. Não vai ser uma tarefa simples. Vai ser um dos esforços de recuperação mais complicados e de longa duração na história dos EUA", afirma Mark Merritt, presidente da consultoria Witt Associates, especializada em gerenciamento de crise.
A agência de Administração Federal para o Gerenciamento de Emergências (Fema, na sigla em inglês) disse que já concedeu cerca de US$ 200 milhões para auxílio-moradia e colocou 34 mil pessoas de Nova York e Nova Jersey em hotéis e motéis.
G1
ENTREVISTA NA HORA H - 27/11/2024