João Pessoa, 19 de março de 2021 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Deixe-me livre para que assim, eu possa entender o tamanho da responsabilidade que pesa sobre os meus ombros;
Guie-me pelos labirintos das contradições para que eu possa entender que a vida percorre caminhos tortuosos, um plexo de paradoxos e complexidades raramente controláveis;
Acende a minha consciência em favor da bondade, sempre que dentro de mim um bichinho chamado egoísmo avance sobre o meu querer ensimesmado.
Acalme-me
Afague-me
Acorde-me: Eu quero paz!
Mas, Ensine-me que eu sou um pontinho minúsculo amalgamado em uma teia gigantesca de outros pontinhos que também têm umbigo, e sentem dor, e choram e precisam da seiva da vida como eu;
Percorre as minhas decisões, direcione-as; e dos meus olhos, exclua a fumaça que só repara para mim;
Perscrute os meus desejos e, para a minha esperança, some a de outros, porque o amor é bicho de muitos braços, não somente os meus que são abraços brutos em favor de mim;
Burile-me
Beije-me
Revolte-me: Eu quero paz!
Diga-me: Tu és pó, mas toda poeira guarda dentro de si uma avoante inquieta;
Pare-me: Por que asas de cera não podem se achegar ao sol;
Empurra-me! Eu, finita alma sou assim, potência e vontade a querer movimento;
No mais, guarde-me. Eu sou estrela perdida nesse universo de meu Deus!
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