João Pessoa, 21 de outubro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Fortes explosões foram registradas neste domingo (21) no Centro de Beirute, no Líbano, após manifestantes tentarem invadir o prédio onde está localizado o escritório do Primeiro-ministro do país, Najib Mikati, segundo informou a agência Reuters.
Eles exigem que Mikati renuncie por conta do assassinato do chefe da agência de inteligência do país, Wissam al-Hassan, morto na sexta-feira (19) em um violento atentado na capital. Além dele, outras sete pessoas morreram.
Segundo a Reuters, testemunhas disseram que ao menos dois manifestantes desmaiaram após forças de segurança lançarem bombas de gás lacrimogêneo, na tentativa de dispersar um grupo que tentava invadir o local. Não há relato de feridos.
No sábado (20), Mikati ofereceu sua renúncia, mas o presidente Michel Suleiman pediu a ele que fique "por um período".
Centenas de manifestantes empunhados com bandeiras que protestavam contra a Síria e forças libanesas cristãs marcharam neste domingo, após o funeral de al-Hassan. Eles acusam a Síria de tramar o atentado da última sexta-feira. Alguns compareceram ao funeral portando bandeiras libanesas e faixas contra o presidente sírio, Bashar al-Assad.
Muitos temem que a violência na Síria – que começou em março do ano passado, com tentativas de insurgentes de derrubar al-Assad – possa se espalhar agora para o Líbano, onde a população está dividida em relação ao conflito.
Segurança reforçada para funeral
O presidente libanês, Michel Suleiman, e o premiê Najib Mikati deram início aos serviços fúnebres na sede das Forças de Segurança Internas do Líbano, onde o caixão de al-Hassan foi levado no começo do dia.
O prédio, na vizinhança de Ashrafiya, fica perto de onde ocorreu o atentado de sexta-feira, realizado com carro-bomba.
A esposa e os filhos de al-Hassan viajaram de Paris para o funeral. Eles estavam vivendo no exterior, como medida de precaução pela sua segurança. A segurança foi reforçada em toda a capital libanesa neste domingo. No sábado, diversos manifestantes foram às ruas e incendiaram pneus, montando barricadas em alguns pontos de Beirute.
G1
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