João Pessoa, 01 de maio de 2021 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Por acaso vocês viram por aí aquele país onde unanimimente torcíamos aos domingos por Ayrton Senna (foto)? Aquele país onde os hinos nos emocionavam tanto que decorávamos suas partes mais belas, como por exemplo: “Sobre a imensa nação brasileira, nos momentos de festa e de dor, paira sempre sagrada bandeira, pavilhão da justiça e do amor. Recebe o afeto que se encerra em nosso peito juvenil, querido símbolo da terra, da amada terra do Brasil”?
A bandeira brasileira ultimamente passou a simbolizar quase que obrigatoriamente adesão a uma determinada corrente política, ao contrário da nação unida e coesa quando era empunhada por Senna em mais uma de suas espetaculares vitórias.
Não me surpreendem as arengas políticas e não me impressiono com o profundo poço cavado entre a direita e a esquerda brasileiras. São vinhos iguais servidos a temperaturas diferentes. É histórico no mundo todo, basta revisitar as cláusulas secretas da aliança que Stalin e Hitler celebraram pouco antes da segunda guerra mundial.
E se direita e esquerda seguem enganando os que ainda acreditam nesse carcomido sistema de governo, não é problema meu. “Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo o que fizemos, ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais”.
Será que só eu enxergo que pouco importa quem quer que vocês (que ainda votam) elejam para Presidente, tem sido sempre a pior banda do Congresso que verdadeiramente manda nesse Brasil? O mais das vezes à custa de chantagem com negociações no mínimo suspeitas e quase sempre prejudiciais aos reais interesses da pátria.
Foi assim quando a esquerda estava no poder. Quando não interessou mais ao tal centrão servir-se dos Ministérios que ocupava no governo Dilma…tchau querida! Michel Temer assumiu de tal sorte(?) comprometido com eles que chegou a ser preso. Bolsonaro renegou esses ronquefuças o quanto pode, mas enfim cedeu a seus encantos.
Por isso é que estou procurando o meu país, que com certeza não é o mesmo país que outorga ao centrão o mando da coisa pública. É como se desde o primeiro dia do mandato, qualquer que seja o Presidente passe a correr para longe do centrão, mas vai cansando até ser alcançado, e aí… cráu.
Tática de Miringaba.
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OPINIÃO - 22/11/2024