João Pessoa, 24 de maio de 2021 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Meus amigos e amigas, a partir de hoje, especialmente às segundas-feiras, temos um encontro marcado, aqui, no Portal de Notícias Mais PB, onde podemos trocar ideias sobre a vida, o cotidiano das relações, enfim, pensar melhor sobre o entorno de nós todos. Que beleza! E, olha… conto com sua companhia, hein?!
Preciso dar umas voltas antes de entrar no assunto do dia…
Nós, jornalistas, podemos conjugar quase todos os verbos, menos um: o verbo inventar. Sem essa de criar ou espalhar mentiras em benefício de alguns, sem essa, não comigo, nem pensar. A verdade está aí, doa a quem doer.
Estou nessa conversa para dizer que é inadmissível pessoas acreditarem que possa haver uma divindade, um deus-poderoso, para nos apontar caminhos ou saber o que é melhor ao nosso coração. Alguém, com segundas intenções, também, inventou a história de que tudo de pior ocorrido em nossas vidas passa pelos “desígnios do Pai”, e que temos que aceitar o destino imposto pelo cara lá de cima – como se houvesse destino.
Você deve ter ouvido falar que recentemente um padre muito conhecido, em Campina Grande, foi vítima da covid. Mas olha… confirmam o empenho do sacerdote, um verdadeiro servo de Deus. Tá, e aí? E aí que certas pessoas acreditam que o padre tinha de morrer mesmo, pois “era a hora dele”, “Deus o chamou para a eternidade” Tem cabimento levar a sério uma bobagem dita por estes desinformados?
O padre – assim como os demais brasileiros que morreram devido ao novo coronavírus – não receberam nenhuma gota de vacina, não tiveram chances de saber quando iriam adquirir o imunizante. Ah, e eu aposto que o religioso tomou os devidos cuidados, usou máscara, obedeceu ao distanciamento social, tudo aquilo que sabemos… infelizmente, ele não teve chances de sair dessa.
Jogar a responsabilidade das mortes no colo de Deus é muito fácil. Alegar que a pandemia está sendo um “castigo” também é inverdade – e das fortes.
Só há um culpado neste jogo, é o ser humano. “Nós” que não respeitamos a natureza, fazendo com que a ambição devaste florestas, além de acabar com rios, animais… é o consumo exacerbado que vai nos matando aos poucos, a força do mais forte sobrepondo os mais indefesos. É a raça do bicho-homem que gera pandemias, caos e males.
E Deus? Deus tem mais o que fazer do que ser um personagem de novela e prometer vingança aos seus.
Ou mudamos nosso comportamento, ou a conta não vai fechar.
E tem mais… precisamos de mais CPIs, ô, se precisamos… punição aos indolentes!
Caras de paus
Como se não bastasse o negacionismo do povo diante da pandemia, muitos expõem suas aglomerações promiscuas nas redes sociais. São selfies registradas em bares, gente dançado, um amontoado de irresponsáveis. Cumprimentos aos fiscais da Vigilância Sanitária e aos policiais que acabam com as festinhas. Levem mesmo todo mundo preso e mandem os bermudões e as biscates pagarem multas pesadíssimas, aí eu quero ver… e nada de achar ruim. Era só o que faltava.
Agentes públicos
O povo brasileiro, em sua maioria, é caso de polícia. Quando digo ‘em sua maioria’ refiro-me a muita gente que não devia ter nascido… claro, comportadas as exceções. Ainda que vivamos um cenário pandêmico, há outra pandemia pairando sobre nós: a falta de educação, essa, na verdade, se arrasta desde os tempos de Adão e Eva. A sujeira nas ruas, por exemplo, é uma afirmação incontestável e prova de que a educação está longe de muitos. Isso mesmo, o lixo pelas ruas continua como sempre existiu. Cada um é agente público quando o assunto é coletividade. Façamos nossa parte e ajudemos a cuidar de nossa cidade, ela é a nossa segunda casa.
Limpeza, já!
* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB
TURISMO - 19/12/2024