João Pessoa, 31 de maio de 2021 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O brasileiro é caso de estudo científico. E não me refiro às suas descobertas na Ciência ou qualquer outro mérito existente. Dessa vez, estou a falar da estupidez do povo. Um exemplo: você, com certeza, acompanhou o drama de Brumadinho, MG, uma calamidade que assolou o país. As vidas ceifadas foram resultantes da irresponsabilidade humana; já nem falo do hediondo crime ambiental.
Paralelo a essa questão, temos outro assunto que trata de irresponsabilidade… a do trânsito. Inúteis as campanhas publicitárias que pedem “Se beber, não dirija”. Não adianta de nada. É perda de tempo. Ou você acha que podemos educar um adulto sob ou pós-efeito de álcool? Claro que não! Aos mais velhos, a penalização, às crianças… educação.
Alguém fez a curva aberta demais, alguém entrou na contramão… Isto não está sendo dito. Nós, da imprensa, muitas vezes não costumamos dizer a causa do ‘acidente’, não dizemos, pois isso traz constrangimento à família enlutada… Ué, temos que responsabilizar quem quer que seja! Excesso de velocidade, ultrapassagem indevida, uso de álcool, o que for… A verdade é que tem que haver uma punição severa e exemplar. “Ah, mas fulano perdeu pontos na carteira…” Não resolve o problema. O sujeito tem que perder o carro, indenizar as vítimas, não dirigir nunca mais… Só assim os imprudentes aprenderão com a lição.
A bebida – assim como outra droga, lícita ou não – altera as funções cognitivas de nós todos. Isto é, nossa percepção de tempo e distância sofre alterações… tenhamos consciência ou não. E será que o camarada não sabe disso? Claro que sabe. Enfim, vamos continuar tendo mais fatalidades por causa de boçais que bebem e pegam o volante… Ah, fizestes isso? Então te preparas… vais te arrepender por ter nascido. Mas com estes frouxos da Legislação? Como podemos ter uma lei severa e que puna? Ai, ai… Não esperemos dias melhores.
Alterações
Diz o advogado: “meu cliente estava sob efeito de álcool. Não pode responder por tal crime.” Você já deve ter ouvido esse argumento pífio de muitos doutores ao defender o mandrião.
Faça o teste. Você pode dopar o Papa com a pior das drogas existentes e convida-lo a assaltar um banco. Ele não vai porque o caráter presta. Caso vá, é bandido de primeira. Que fique claro: nenhuma droga altera, apenas reforça o caráter do indivíduo. Caráter, instância moral da personalidade.
É preciso respeitar
Nenhuma curva foi feita para ser vencida, como nenhum mar perigoso foi feito para ser enfrentado. Respeitemos as coisas como são, ou sofreremos as consequências.
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