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Marcos Pires é advogado, contador de causos e criador do Bloco Baratona. E-mail: [email protected]

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publicado em 12/06/2021 ás 08h10

No começo da pandemia, quando estávamos nos adaptando às regras de isolamento (aquele chato, porém necessário “- Fique em casa”) descobri um grupo incrível no Facebook. Coordenado por José Marcos Melo e com quase 50 mil participantes, trazia memorias fantásticas “do meu tempo”.

Reencontrei muitos amigos cujo contato havia perdido ao longo dos anos e me dispus a escrever a cada noite um pequeno artigo lembrando como era a nossa vida aqui em João Pessoa entre o meio dos anos 60 e a década de 70. Saiu de um tudo. Desde as comidas até os carnavais. O mais importante obviamente não foram os artigos que eu cometi, mas a intensa e enriquecedora participação de centenas (sim, algumas vezes ultrapassamos 500 interações) de amigos que acrescentavam detalhes, contavam outras cenas sobre o mesmo fato e até esclareciam situações a cada novo artigo publicado. É um material que, se bem trabalhado, poderia desaguar em um estudo sério, algo como a utilização das redes sociais para aliviar as tensões do isolamento.

Mas não é a minha praia. O que fiz, com a ajuda do editor Juca Pontes, foi copiar todo o material publicado, rendendo três enormes volumes (uns bons dois quilos de papel) e estou na fase de selecionar alguns dos milhares de comentários para publicar um livro. Tenho certeza que vocês irão adorar.

Só dois exemplos; quando me referi ao carnaval daquela época, os amigos desenterraram situações incríveis do corso e até as histórias dos casais de namorados que “fugiam” aproveitando-se dos bailes de carnaval para casarem em seguida. No dia que escrevi sobre as poucas frutas que conhecíamos, me surpreendi com a quantidade de gente que fingia adoecer só para comer maçã ou uva, tão raras eram essas frutas que só eram dadas aos doentes.

Mas o material tem muito mais; as escolas e jogos colegiais, os playboys e seus carros envenenados, as boates, as matinês, as paqueras, o quem me quer… .
Só que eu decidi ilustrar o livro com fotos da época. Por exemplo, consegui com um neto (Fernando) da grande dama Dona Zélia Henriques algumas fotografias dela coordenando os mais famosos bailes de debutantes do clube Cabo Branco. Portanto, se vocês tem fotos da época, pelamordeDeus me emprestem. Num minuto dá para gravar e devolver.
Nossa história não pode se perder.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB