João Pessoa, 14 de junho de 2021 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
David Rogers (foto), na obra The digital transformation playbook, explora alguns elementos da proposta de valor das universidades. Segundo o professor da Columbia University, o gestor universitário deve investigar três áreas: novas tecnologias; tendências de comportamento e de consumo; e demandas do consumidor ainda não atendidas.
Desde o início de 2020, as instituições de ensino superior foram impelidas a utilizar ou intensificar a utilização de novas tecnologias para se adaptar às restrições que o Estado lhes impôs. Nesse sentido, os serviços virtuais foram ampliados, fazendo uso, entre outras, das tecnologias mobile, redes sociais, realidade virtual etc.
No que tange às mudanças de comportamento, é razoável pensar que alguns hábitos dos estudantes foram modificados em caráter permanente. Em que pese o saudosismo que os estudantes e professores nutrem em relação às atividades presenciais, o fato é que a educação a distância goza de muito mais aceitação agora do que há dois anos.
A terceira área a ser explorada (demandas do consumidor não atendidas) é, na minha modesta opinião, a menos desenvolvida no seio das instituições. Como ocorre na grande maioria das empresas, a estrutura e os processos das faculdades particulares com fins lucrativos são majoritariamente voltados à prestação de serviços educacionais de graduação, pós-graduação, entre outros.
O gradual e progressivo relaxamento das vedações às atividades educativas presenciais traz consigo a tempestade perfeita para a concepção de novos elementos da proposta de valor das universidades. Com efeito, as universidades particulares adquiriram forçosamente know-how na aplicação de novas tecnologias no processo de ensino-aprendizagem.
Ademais, os novos hábitos dos estudantes, dos professores, das famílias e dos empregadores suscitam novas demandas ainda não atendidas pelas universidades. Assim, formou-se um ambiente prenhe de oportunidades e propício a inovações.
Para conceber esses novos elementos da proposta de valor da universidade particular, as gestoras podem apresentar aos seus funcionários algumas questões. Quais são os anseios (novos e antigos) do alunato ainda não suficientemente atendidos? Que novas tecnologias poderiam ser empregadas para atendê-los? Que novos hábitos foram criados a partir do uso das novas tecnologias no ensino?
Em jeito de conclusão, no último ano e meio, o emprego acelerado das novas tecnologias na educação superior e o surgimento de novos comportamentos suscitaram novos anseios por parte de alunos, famílias e empresas. As universidades particulares empregaram copiosamente as novas tecnologias no processo de ensino-aprendizagem,
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TURISMO - 19/12/2024