João Pessoa, 30 de junho de 2021 | --ºC / --ºC Dólar - Euro

ÚltimaHora
PROGRAMA HORA H

Oposição vê crime de Bolsonaro e base ironiza: “um super mico”

Comentários: 0
publicado em 30/06/2021 ás 19h23
atualizado em 30/06/2021 ás 20h33

Os deputados federais Gervásio Maia (PSB-PB) e Bibo Nunes (PSL-RS) repercutiram, na noite desta quarta-feira (30), o  ‘superpedido’ de impeachment contra presidente Jair Bolsonaro protocolado na Câmara por parlamentares e outras entidades. Os dois apresentaram opiniões divergentes durante o programa Hora H, apresentado pelos jornalistas Heron Cid e Wallison Bezerra, na Rede Mais Rádio.

Gervásio, vice-líder da Oposição, defendeu o processo justificando que existe “um conjunto de crimes” praticado pelo presidente. Ele citou as atuais denúncias de preços diferenciado na compra da vacina indiana Covaxin e de pedido de propina para aquisição da Astrazeneca. O socialista lembrou do incentivo do presidente às aglomerações, ao não uso de máscaras e disse esperar que o presidente da Casa, Artur Lira (Progressistas-AL), possa agir o quanto antes.

“Há clima para a gente ficar com um presidente da República negacionista que comente inúmeros crimes em um momento tão difícil para o mundo inteiro? É inaceitável o que o presidente tem feito para o nosso país. A única saída é essa. O presidente precisa ser arrancado, retirado, precisa ser expulso da cadeira de presidente da República”, afirmou.

Por outro lado, o gaúcho Bibo Nunes ironizou o ato que reuniu parlamentares de várias linhas ideológicas.

“Esse superpedido de impeachment, é um super mico de impeachment. Não tem improbidade, não tem nada que fundamente um pedido de impeachment. É a pura politicalha sem fundamento algum. Não há nada que possa ser dito, esse é o motivo do impeachment. Não tem nada, o que tem é política”, argumentou.

Ela alega que no caso da vacina Covaxin nem sequer houve compra do imunizante e emendou: “Eles estão querendo acusar alguém de homicídio e não apresentam sequer a vítima”, disse.

Na visão do deputado governista, a denúncia que pesa sobre um ex-diretor do Ministério da Saúde não pode ser atribuída ao governo ou ao presidente.

“Não vão conseguir nada a não ser que os apoiadores de Bolsonaro fiquem mas unidos e coesos”, sustentou.

Para o bolsanarista, a união dos deputados pró-impeachment não preocupa o governo porque, segundo o aliado de Bolsonaro, não passam de 50 parlamentares.

“Um grupelho desatinado em busca de um objetivo totalmente infundado e sem o menor fundamento”, destacou.

CPI da pandemia

O deputado Bibo Nunes também atacou a CPI da pandemia no Senado e classificou a comissão com “uma tragicomédia”.

“Fundamento zero a começar com quem comanda. O senador Omar, Renan Calheiros, pessoas totalmente desmoralizadas e envolvidas de fato com corrupção. Quem são eles para tentar fazer algo contra o presidente que não tem mácula alguma a não ser mentiras e inverdades”, finalizou.

MaisPB