João Pessoa, 05 de julho de 2021 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Com a insistência pelo retorno da corrupção e pelo ressurgimento do processo de doutrinação que tanto abalou a juventude, vejo um país dividido, com pessoas agressivas, odientas, vingativas e muitas sem nenhum sentimento humano.
O mau exemplo está estampado nas agressões, no desrespeito e na humilhação feitas por alguns membros da CPI do Senado, de nível tão baixo, impossível de ser comparado, com qualquer nível de CPIs de câmaras inferiores.
Posso fazer esse comentário porque sempre fui comedido nas minhas ações como político. Fui Deputado Estadual durante 8 anos e sempre a minha maior preocupação foi lutar pelo bem estar do povo do meu Estado.
Como deputado federal participei de uma legislatura das mais tumultuadas que houve na Câmara dos Deputados, onde foi cassado um Presidente da República, 7 colegas deputados, conhecidos como os anões do orçamento.
O deputado Coronel Hildebrando de Rondônia que eliminava seus adversários com um motosserra e finalmente foi cassado o ex-presidente da Câmara Ibsen Pinheiro, que terminou envolvido na CPI dos anões do orçamento.
Acho que nesses episódios foi cumprida a lei. Enquanto agora muitos brasileiros lutam pelo quanto pior melhor e transformam nossa bandeira em desordem e destruição ao invés de lutarem pela manutenção da ordem e do progresso, não sabemos aonde vamos chegar.
Não precisa ser um Nostradamus, astrólogo e vidente francês para prever um possível desfecho diante deste radicalismo doentio que atingiu a culminância e próximo a uma explosão.
Nas minhas postagens sempre cito Zé Américo, pelo respeito que sempre tive ao grande político e escritor, e pelo seu equilíbrio, honestidade e bom senso. Ele em 1937 candidato à Presidência da República, recebeu o golpe de Getúlio Vargas quando instalou o Estado Novo até 1945, eliminando eleições, fechando todos os poderes e instalando a ditadura mais negra que já houve neste país, comandada por Getúlio e pelos generais Eurico Dutra, Goes Monteiro e outros tantos militares e civis.
Não houve reação e não houve um tiro, mas o grande Zé Américo nunca deixou de advertir seu povo nas horas difíceis pedindo que se lembrassem de 1937, pois aquele ato o marcou.
Agora eu o imito, aos radicais que também se lembrem de 1964. Em 1963 conclui o meu curso de direito, apesar de ter participado das lutas estudantis como jovem, entendi que os movimentos radicais no país onde se pregava reforma agrária na marra, implantação da ditadura do proletariado, eliminação da paz, liberdade e democracia não davam certo. E assim teria de haver, como de fato houve, uma intervenção de um poder moderador.
Então as pessoas, aos milhares foram às ruas, pedindo pela família, pátria e liberdade. E em 31 de março de 1964 o General Mourão desce das alterosas de Minas Gerais em direção ao Rio sem encontrar nem pedras no caminho do poeta – Carlos Drummond, e como as forças armadas estavam todas articuladas e mesmo sem nenhum tiro como 1937, a maioria dos líderes radicais fugiram, outros pediram asilo nas embaixadas e alguns presos.
Como advogado fui exercer minha profissão e tive liberdade total para isso, conforme descrevi isto muito claro nas minhas memórias: “Brasil no espelho da história” livro recentemente publicado.
Hoje diante de tantos desentendimentos prego a conciliação, como amante da paz e da liberdade, porque talvez muitos estão duvidando que a história não se repete (V. Karl Marx). Torço para que os exaltados e radicais que perderam o controle e o próprio equilíbrio que parem suas agressões odientas como se isso resolvessem os problemas.
Para surpresa e indignação minha, vi recentemente uma postagem na internet em que um jovem com nível superior da área de Ciências sociais, aonde a doutrinação foi bem intensa, que escreveu mais de 10 adjetivos e substantivos contra o Presidente da República (genocida, ladrão, fascista, nazista e FDP etc ) pareceu-me o Lázaro, não aquele que Jesus o ressuscitou, mas o bandido que foi morto e que assassinou 8 pessoas em Goiás.
Finalmente eu peço paz e calma, não por medo, mas pelas famílias brasileiras.
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TURISMO - 19/12/2024