João Pessoa, 12 de julho de 2021 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Estou a ouvir a programação do rádio. Em certo momento um anúncio de clínica estética me faz parar no tempo. De imediato, corro e anoto o número de WhatsApp da empresa. Só que eu não sabia que aquela voz da moça da propaganda enganaria este ouvinte aqui.
No dia seguinte, todo otimista para saber o valor de algum dos procedimentos da clínica, pergunto a alguém que me ‘atende’: – Olá! Quais os serviços de vocês e os respectivos valores? indaga o tonto aqui. Depois de certo tempo, alguém, que não se apresenta e nem saúda o possível cliente, joga naquele início de conversa a tabela dos serviços na minha frente. Respiro fundo. Eu estava tentando ser objetivo.
Algo me chama atenção. Eu, mais uma vez pergunto: – Qual a diferença de dois serviços de vocês (cito no diálogo) e o valores de cada?
– “Olha, esses cursos…”, diz a mulher que manda um áudio com a cantoria de um pássaro chato ao fundo. Eu não lhe ouvia, já o pássaro… Espera! Mas eu não quero curso. Simplesmente quero saber a diferença de dois procedimentos estéticos e seus valores.
A mulher me manda outro áudio e falando baixo. Continuo sem ouvir. A droga do pássaro insiste em importunar. Eu, aos poucos, já vou perdendo a paciência que me resta. Não entendia tanta dificuldade no ‘atendimento’, mas…
Sigo com o super papo. Ela me manda um orçamento apenas. Logo após, um vídeo. Confesso que não abri. Deveria ser, penso, um vídeo institucional. Já não havia mais tesão em adquirir os trabalhos daquela clínica.
Insisto. – Você ainda não me respondeu: qual a diferença das duas massagens?
– “Modeladora e para redução de medidas”. (?) Quê? Não entendi nada. Isso mesmo. E com erros de português. Jogo uma interrogação. A cidadã visualiza. O papo acaba aí.
Aonde quero chegar com isso tudo? Se você quer vender pela internet, redes sociais, WhatsApp… Tenha cuidado com a sua forma de comunicação e imagem (tendo em vista que não tinha uma foto sequer, nem da clínica nem da mulher que falava comigo). Cuidado!
Já se sabe que, pelo menos no grande comércio, o atendimento brasileiro é péssimo. De pior qualidade. E ainda mais agora na palma da mão? Me poupem! Qual cliente é obrigado a passar por isso?
Garanto que se a moça tivesse me atendido bem… Meu Deus! Eu não precisava nem de clínica de estética. Meu sorriso por ter comprado o serviço já resolveria a minha demanda. Mas a estúpida da “atendente” não quis assim. Quem perdeu foi ela, afinal, pude ir a outras clínicas.
Já você que é consumidor, não insista tanto na compra. Este povo tem que aprender a ter educação, respeito e empatia. Agora, quando eu ouvir o anúncio da mesma clínica no rádio… tenho certeza do péssimo negócio que já encantou um dia os meus ouvidos.
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TURISMO - 19/12/2024