João Pessoa, 18 de julho de 2021 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) jogou para o vice-presidente da Câmara Federal, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), a responsabilidade sobre a aprovação do aumento do fundo eleitoral para R$ 5,7 bilhões. O chefe do executivo disse ser injusta a cobrança a parlamentares bolsonaristas sobre o tema e disse que a votação foi uma “casca de banana” dentro da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Foi a primeira vez que Bolsonaro abordou o aumento do fundo. Ele garantiu que vai dar um bom final” para essa questão, sinalizando que “quase R$ 6 bilhões” é um valor muito alto.
Para o presidente, os parlamentares que votaram a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estão sendo “injustamente” acusados de votar o aumento do fundo.
“Os parlamentares aprovaram a LDO. É um documento enorme, com vários anexos, tem muita coisa lá dentro. Num projeto enorme, alguém botou lá dentro essa “casca de banana, essa jabuticaba”, afirmou o presidente.
“Ele (Marcelo Ramos) que fez isso tudo, porque se tivesse destacado, talvez o resultado tivesse sido diferente. Então, cobre em primeiro lugar do Marcelo Ramos. E quem está atacando parlamentares que votaram pelo fundão, isso não é verdade”, afirmou.
Bolsonaro afirmou que o vice-presidente da Câmara “atropelou, ignorou, passou por cima” e não botou em votação o destaque.
“Obrigado aos parlamentares que votaram o LDO. Todos eles estão sendo acusados injustamente de ter votado o fundão. Eu sigo a minha consciência, sigo a economia, e a gente vai buscar dar um bom final para isso daí. Afinal de contas, já antecipo: R$ 6 bilhões para fundo eleitoral? Pelo amor de Deus” prosseguiu o presidente.
Vice-presidente da Câmara, o deputado Marcelo Ramos (PL-AM) rebateu Bolsonaro.
“Quero lembrar com muita serenidade ao Presidente da República que quem encaminhou a LDO com previsão de Fundo Eleitoral para o Congresso foi ele, foi o governo dele. Quem articulou a votação na Comissão Mista do Orçamento pra definir o valor foram os líderes do governo dele, que quem articulou a votação em plenário foram os líderes do Governo dele” disse.
“Eu só presidi a sessão e quero lembrar não houve protestos pelos líderes do governo. Nem pelo líder do partido do filho dele contra a votação simbólica. Portanto, ainda vale a pena lembrar que eu nem voto nessa matéria, porque só presidi essa chapa. Quem votou a favor foram os filhos dele, tanto na Câmara como no Senado. Essas palavras jogadas ao vento não vão transferir responsabilidades, presidente. Assuma as suas”, concluiu.
MaisPB com O Globo
OPINIÃO - 22/11/2024