João Pessoa, 23 de setembro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A China enviará nesta segunda-feira (24) uma delegação diplomática ao Japão para tentar aliviar tensões com o governo japonês após a escalada do conflito pelo controle do arquipélago Diaoyu/Senkaku, informou o jornal "South China Morning Post".
O escritório de relações internacionais do Partido Comunista chinês explicou que a delegação, que permanecerá em Tóquio quatro dias, será liderada pelo ex-diretor-geral para assuntos asiáticos, Yang Yanyi.
Um de seus objetivos é limar asperezas antes que os ministros de Relações Exteriores chinês e japonês se encontrem na próxima quarta-feira (26) em Nova York no marco da reunião da Assembleia Geral da ONU.
Durante a visita, a delegação chinesa se reunirá tanto com representantes do Governo como da oposição.
Pequim pediu várias vezes a Tóquio para voltar "à mesa de negociações" para resolver a disputa pelas ilhas Diaoyu (conhecidas no Japão como Senkaku), apesar de ter incidido em que tomará "as medidas necessárias" para defender sua soberania.
Conflito – O conflito explodiu há poucos dias, quando o Governo japonês anunciou que tinha comprado de um proprietário privado três das ilhotas, o que provocou o envio de duas frotas patrulheiras chinesas às águas próximas ao arquipélago.
Desde então, milhares de manifestantes foram às ruas em várias cidades chinesas, enquanto várias empresas japonesas, entre elas Panasonic e Canon, fecharam suas sedes e fábricas na China por medo a ser objeto de ataques.
Enquanto os protestos foram sendo dissipados em Pequim e nas outras cidades onde aconteceram ao redor de mil cidadãos japoneses se manifestaram neste sábado em frente à Embaixada chinesa em Tóquio, sem que fossem registrados incidentes.
O arquipélago da discórdia fica situado a 250 quilômetros do litoral da China continental e a 200 ao oeste do arquipélago japonês de Okinawa, e se estima que suas águas – motivo de disputa entre chineses, japoneses e taiuaneses durante décadas – poderiam contar com grandes recursos marítimos e energéticos.
G1
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