João Pessoa, 21 de setembro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
ISLAMABAD – O número de mortos em meio aos protestos no Paquistão pelo filme "A inocência dos muçulmanos", que ridiculariza o Islã e o profeta Maomé, subiu a 13, disse a AFP nesta sexta-feira, 21. Segundo a agência de notícias, quase 200 pessoas ficaram feridas em confrontos violentos com a polícia.
Três manifestantes e o motorista de uma cadeira local de televisão morreram em enfrentamentos com a polícia em Peshawar, no noroeste do país. Outras nove pessoas, incluindo um policial, morreram em Karachi, no sul, de acordo com fontes médicas. A polícia matou uma pessoa ao abrir fogo contra manifestantes que atearam fogo em um cinema. O governo declarou feriado nacional para que a população possa participar de marchas pacíficas contra o vídeo.
Mohammad Amir, motorista de uma emissora de TV, foi morto quando balas atingiram seu veículo, afirmou Kashif Mahmood, repórter que estava no mesmo veículo. O canal mostrou imagens da vítima no hospital, na cidade de Peshawar, norte do país.
Há quase uma semana, o Paquistão está sendo palco de protestos contra o filme "A inocência dos muçulmanos". Três pessoas morreram até agora. O cinema onde a polícia disparou contra os manifestantes foi um dos dois incendiados por centenas de pessoas em Peshawar. Em Islamabad, capital do Paquistão, as forças de segurança formaram uma barreira de contêineres em volta da área que abriga as embaixadas estrangeiras.
O governo também derrubou os serviços de telefonia celular em 15 grandes cidades, para impedir que militantes utilizem celulares para detonar bombas durante os protestos, afirmou um oficial do Ministério do Interior, que falou em condição de anonimato pois não tem autorização para falar com a imprensa. As linhas devem voltar a funcionar por volta das 18h (horário local, 10h no horário de Brasília).
Estadão com Efe e AE
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