João Pessoa, 15 de setembro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A rede al-Qaeda na península arábica disse neste sábado (15) que o ataque ao consulado dos Estados Unidos em Benghazi, que causou a morte do embaixador dos Estados Unidos na Líbia, foi vingança pelo assassinato do "número dois" da organização, Abu Yehia al Libi.
O grupo terrorista disse que a morte de Al Libi, assassinado em junho em uma ofensiva dos EUA no Paquistão, é "o fogo que queimou os inimigos da nação muçulmana", segundo um comunicado difundido em uma página da internet usada habitualmente pelos islâmicos.
O ataque ao consulado dos EUA ocorreu na terça (11), mesmo dia em que começaram investidas de multidões muçulmanas a representações diplomáticas americanas desencadeadas pela divulgação de trechos de um filme norte-americano de baixo orçamento que, segundo os islamitas, ofendem o Islã e o profeta Maomé.
Neste sábado, a al-Qaeda na Península Arábica pediu aos muçulmanos que se unam para continuar os protestos e conseguir o fechamento das embaixadas dos Estados Unidos em seus países, segundo comunicado divulgado pelo grupo terrorista.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, rejeitou qualquer difamação contra o Islã, e disse que não há desculpa para ataques à embaixadas dos EUA. "Nunca há qualquer justificativa para a violência… Não há desculpa para ataques contra nossas embaixadas e consulados", disse o presidente em discurso no rádio neste sábado.
O parlamento do Afeganistão pediu aos Estados Unidos que proíba o filme anti-islâmico e julgue os produtores do filme. Nos EUA, um suspeito de produzir o filme foi levado para ser interrogado por autoridades de Los Angeles. O morador do estado norte-americano da Califórnia é condenado por fraude bancária e está sendo investigado por possível violação de liberdade condicional. Autoridades dos Estados Unidos disseram que não estão investigando o projeto do filme e a simples produção não pode ser considerada um crime no país, cujas leis garantem plena liberdade de expressão.
G1
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