João Pessoa, 03 de setembro de 2021 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A defesa do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), denunciado mais uma vez no âmbito da Operação Calvário, tratou a acusação de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica como “perseguição”.
“São acusações requentadas, que só reafirmam a perseguição implacável a que estão submetidos o ex-governador e seus familiares”, disse a defesa em nota encaminhada ao Portal MaisPB.
Nova denúncia
O Ministério Público da Paraíba apresentou uma nova denúncia contra o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) e seus irmãos Coriolano Coutinho, Valéria Coutinho, Viviane Coutinho e Raquel Coutinho, além de Denise Krummenauer Pahim, Breno Dornelles Pahim Filho e Breno Dornelles Pahim no âmbito da Operação Calvário.
Os investigados são acusados dos crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
Na petição, protocolada na 6ª Vara Criminal da Capital, o órgão pede a perda de função pública ou mandato dos envolvidos, além da fixação de multa no valor de R$ 3.376.268,31.
O montante é referente ao uso de recursos ilícitos para compra de imóveis em João Pessoa e Bananeiras, na Paraíba, um apartamento em Fortaleza, no Ceará, além da apreensão de dinheiro em moedas estrangeiras durante a investigação, animais adquiridos, doação de recursos e ocultação de recursos para aquisição de bens, por exemplo.
Dentre os imóveis citados estão um apartamento em João Pessoa e um sítio em Bananeiras com alto padrão de luxo.
Investigação
A união das famílias Coutinho e Pahim, segundo a investigação, resultou na criação de empresas que teriam sido beneficiadas economicamente durante as gestões do ex-governador Ricardo Coutinho na Paraíba.
A força-tarefa apura se a criação dessas sociedades e alteração contratuais por parte dos denunciados visavam ocultar valores.
Um dos órgãos usados pelas sociedades, de acordo com os investigadores, é o Departamento Estadual de Trânsito da Paraíba (Detran-PB). Uma das empresas buscava firmar credenciamento e contratos junto ao órgão. O ingresso, porém, só era possível mediante o pagamento de propina à organização criminosa ou a atores que teriam participação no esquema.
MaisPB
TURISMO - 19/12/2024