João Pessoa, 07 de setembro de 2021 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
1. Hoje, não haverá texto. Engajados na campanha anual contra o suicídio, faremos recomendações, esclarecimentos e orientações, embasados no que orienta a Associação Brasileira de Psiquiatria para esse mês. É o MaisPB no Setembro Amarelo.
2. Dia 10 é o dia mundial de prevenção ao suicídio. Precisamos, então, conscientizar a população, e profissionais de saúde principalmente, sobre os fatores de risco para o comportamento suicida; e orientar sobre o tratamento adequado dos transtornos mentais que representam 96,8% dos casos de morte por suicídio.
3. Estatisticamente, são mais de 13 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de 01 milhão no mundo. As taxas de suicídio veem crescendo progressivamente. A cada 40 segundos, uma pessoa comete suicídio, e a cada três segundos, uma pessoa atenta contra sua própria vida. 96,8% dos casos estão relacionados a doenças mentais. Os jovens estão, cada vez mais, fazendo parte dessas estatísticas.
4. Fundamental: que os profissionais de saúde estejam aptos a reconhecerem os fatores de riscos presentes, a fim de tomarem medidas que evitem o possível desfecho. Portanto, o não conhecimento por parte de PS e o desconhecimento sobre a frequência com que ocorrem esses eventos, são barreiras importantes para atingirmos a prevenção.
5. Com relação à população em geral, precisa-se superar o estigma das doenças mentais, que faz com que as pessoas se sintam inibidas, discriminadas ou estigmatizadas para procurar ajuda ou “se abrirem” numa situação de mal-estar psicológico ou pensamentos suicidas;
6. Desfazer mitos. O suicídio não é uma decisão individual. Ninguém em sã consciência se suicida. Uma pessoa que pensa em se suicidar no momento, se superado seus dramas e conflitos, poderá não mais insistir na ideia. Porém, se ela se encontra deprimida, a melhora não indica que esteja fora de risco. As pessoas que falam em se matar é só para chamar a atenção. Essa é uma afirmativa falsa. Portanto, olho aberto para todas as eventualidades;
7. Fatores de riscos: os dois principais são tentativa anterior de suicídio e doença mental, não diagnosticada, não tratada ou tratada inadequadamente. Entre as doenças mentais destacam-se: Depressão, esquizofrenia, Transtorno Bipolar, Abuso/Dependência de álcool e/ou outras drogas e Transtornos de Personalidade. Tem-se, ainda, fatores genéticos, faixa etária (idosos e jovens). Jovens quando associados a outros fatores como problemas emocionais, familiares e sociais, uso de substâncias, rejeição familiar, negligências, abuso sexual e transtorno psiquiátrico familiar.
8. Fatores sociais: Quanto menos laços sociais, maior o risco. Emigrantes, a quem, comumente, falta rede social de apoio constante. Desempregados e pessoas com problemas financeiros.
9. Avaliação e manejo: intervenções para reduzir a ambivalência: desejo de viver e morrer; a rigidez e a impulsividade. É preciso saber se há planos para o futuro. Se a morte seria bem-vinda para ele. Se vale a pena viver a vida. Se está pensando em se machucar ou aniquilar sua vida. Se há algum plano para realizar o suicídio.
10. Como se vê, a maioria das intervenções cabem a profissionais de saúde e, especificamente, aos de saúde metal. Podemos contribuir, ao identificarmos fatores de riscos ou reduzirmos esses fatores, proporcionando mais proteção ao indivíduo, amigo ou familiar em risco.
É PRECISO AGIR, O SUICÍDIO PODE SER EVITADO!
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TURISMO - 19/12/2024