João Pessoa, 06 de setembro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton pediu nesta quarta-feira (5) a reeleição do atual líder Barack Obama para "manter vivo o sonho americano, fortalecer a classe média e garantir oportunidades para os jovens imigrantes".
O ex-presidente dos EUA nomeou oficialmente Obama candidato do Partido Democrata à reeleição à Presidência para as eleições do dia 6 de novembro.
Clinton fez uma inflamada defesa da gestão econômica do atual presidente, no discurso pronunciado nesta quarta, que terminou com Obama subindo ao palco para um abraço entre os dois líderes democratas, em meio aos gritos de 6 mil delegados, que pediam "mais quatro anos" para Obama na Casa Branca.
"Quero nomear um homem frio por fora, mas que arde pelos EUA por dentro; um homem que acredita que podemos construir uma nova economia para o sonho americano guiada pela inovação e pela criatividade, a educação e a cooperação", disse Clinton, em seu discurso de quase uma hora na Time Warner Arena de Charlotte, no estado da Carolina do Norte.
"Quero que o presidente Barack Obama seja o próximo presidente dos EUA e o nomeio orgulhosamente como o candidato do Partido Democrata", afirmou Clinton.
"Ninguém é capaz de regular a situação que Obama herdou em quatro anos", defendeu Clinton em um discurso muito aplaudido, que levantou o público em várias ocasiões e que incluiu elogios à primeira-dama Michelle Obama e ao vice-presidente Joe Biden.
Bill Clinton, de 66 anos, acusou a oposição republicana de deixar um "desastre total" para a administração de Obama e afirmou que apenas o atual presidente tem a capacidade de recuperar a economia do país.
Obama "herdou uma economia profundamente danificada, conteve o desastre, começou o difícil e longo caminho para a recuperação, e assentou a base para uma economia mais moderna e mais bem equilibrada, que criará milhões de novos e bons empregos, vibrantes novos negócios e muita nova riqueza para os inovadores", disse.
Nesta ocasião, como só havia um candidato, os delegados democratas não tiveram que votar e Obama foi nomeado diretamente por Clinton, segundo a normativa do partido que foi detalhada pelo prefeito de Los Angeles e presidente da convenção, Antonio Villaraigosa.
Obama aceitará formalmente nesta quinta-feira (6) a candidatura para as eleições. O presidente fará o discurso que encerrará a convenção.
Pesadelo para imigrantes – Antes do discurso de Clinton, o congressista Luis Gutiérrez advertiu que o republicano Mitt Romney será um "pesadelo" para os imigrantes ilegais se for eleito presidente.
Representante do estado de Illinois, Gutiérrez foi o primeiro orador do segundo dia da Convenção Nacional Democrata e se concentrou no tema da imigração, visando o eleitorado hispânico.
"Agora, os EUA enfrentam uma decisão clara e crua: o futuro de mais de um milhão de pessoas será decidido nesta eleição. Não podemos permitir que o futuro desta gente seja negado", disse Gutiérrez ao contar o caso de uma estudante da Carolina do Norte beneficiada pela recente decisão do presidente Obama de suspender temporariamente as deportações de estudantes ilegais.
"Mitt Romney quer mandá-los de volta. Esta eleição vai determinar se os melhores estudantes de nossas escolas superiores, capitães de equipes de futebol e presidentes de grêmios estudantis serão tratados com respeito ou se vão receber tratamento de suspeitos e delinquentes", destacou Gutiérrez.
Romney tem se manifestado abertamente contra o "dream act", que beneficia estudantes ilegais ameaçados de deportação.
Benita Veliz, uma imigrante mexicana ilegal de 27 anos que vive e estudou nos Estados Unidos, contou sua história na convenção, logo após o discurso de Gutiérrez.
"O presidente Obama vai lutar pela reforma migratória e espero que possa aprovar o Dream Act", disse Veliz, criada no Texas.
A jovem falou em nome dos "sonhadores", que "estão na mesma situação que eu devido às leis atuais", que os impedem de progredir no país onde foram criados e educados.
G1
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