João Pessoa, 15 de setembro de 2021 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Navegando (na internet) para lá e para cá, deparo-me com uma dessas matérias sem muito conteúdo, mais das vezes para “encher linguiça”. O título dizia o seguinte “Quanto dinheiro é necessário para ser feliz? Pesquisa mostra os valores”. Respirei fundo, leitora, leitor, e não fui adiante.
É preciso entender que dinheiro não gera felicidade. E não adianta você me contestar. Se assim fosse, os ricos seriam bem-aventurados, e os pobres, desgraçados por existência. Sei de gente metida a bacana, que isso e aquilo, mas são infelizes, dopam-sem de drogas e dariam um dedo da mão por um pouco de sossego.
Falar em sossego é falar no sentimento de paz, que está alicerçado sobre o conceito de felicidade. Já vi muito, especialmente em alguns programas da tevê, que tal lugar na geografia do Brasil é a melhor opção, o local perfeito para quem procura paz.
Não existe um lugar de paz. Todos os lugares podem ser de paz, depende da pessoa, depende do modo como pensa, depende dos seus valores, da sua história pessoal, depende das suas inquietações, depende, enfim, de um somatório de questões absolutamente subjetivas.
Vai depender do que lhe costuma passar cotidianamente pelos pensamentos, o lugar pouco importa. O mesmo acontece com a felicidade. Costumeiramente reclamamos e vivemos a procurá-la por aí, nos objetos, nas coisas, nas pessoas, quando, mais das vezes, estamos sentados sobre ela.
Que fique bem claro: paz e felicidade são portas que só abrem por dentro. Realidade bem distinta dos indivíduos agitados, medrosos e infelizes. Melhor mesmo é viver lá na roça, vivendo do que é natural, ou admirando a amizade sincera entre um mendigo e seu cão.
Tempo
Cientistas afirmam que universo tem 13,8 bilhões de anos. Tempo irreal para os humanos, não para o universo. Sim, mas e antes, o que existia? Nunca vamos saber. E por sabermos que nunca vamos saber, os humanos criaram os deuses, criadores de tudo. Nada se cria do nada, mesmo um deus teria que ter sido criado de algo ou de alguém. A impotência do saber inventou credos e misticismos religiosos.
Pais irresponsáveis
Nestes dias, fui ao shopping e vi, novamente, a única livraria do local praticamente vazia. Fiz questão de olhar em volta, nos chamados “playgrounds”, onde existiam crianças demoníacas e pais dengosos. Com os que andam por aí, fazendo e educando mal suas crias, vai ser bem difícil tirar o país do atoleiro.
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TURISMO - 19/12/2024