O presidente da Comissão de Cultura e Memória do Poder Judiciário da Paraíba, desembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque, já recebeu da editora o livro ‘Contos, Lendas e Mitos’, o primeiro de contos da lavra literária. São doze contos e vinte duas lendas e mitos, além de poesias em literatura de cordel.
A editoração e a programação visual é de Martinho Sampaio e a capa tem a assinatura de Modesto Cavalcanti. O selo é da MLP Gráfica e Editora.
A obra será lançada em novembro, com mais três livros inéditos do magistrado, sendo dois romances, ‘Gurguri’ e ‘Monte-Mor’, e a biografia do ‘Frei Tito Figueirôa’, que conta a saga de um padre doutor. O evento vai acontecer obedecendo todos os protocolos de biossegurança, com uso obrigatório de máscara, distanciamento, uso de álcool em gel e demais cautelas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde.
Com o processo de vacinação contra a Covid 19 avançando e a vida voltando ao normal, o autor planeja fazer o lançamento presencial dos livros, que ele escreveu nesses tempos pandêmicos – quase dois anos de isolamento social. “Com fé em Deus, tudo isso vai passar em breve, com a segurança de todos nós vacinados com as duas doses e também o reforço vacinal, aí marcaremos uma data em novembro e faremos os lançamentos”.
‘Contos, Lendas e Mitos’ traz no bojo temas diversos, “como contos sobre casos ocorridos com juízes e padres no interior, e os mitos de tribos das aldeias indígenas do Vale do Mamanguape”, comentou o magistrado Cavalcanti, que é filho da região.
Segundo o magistrado, que é membro da Academia Paraibana de Letras, a produção do livro de contos se deu pela sua vasta leitura de autores nacionais e internacionais, que utilizaram esse gênero e narrativa, a exemplo de Machado de Assis.
“Tendo lido muitos livros de contos de diversos autores, especialmente Machado de Assis, como ‘Adão e Eva’, ‘A Carteira’, entre outros, neles me inspirei para um dia escrever em forma de contos, histórias que ouvi contar por outras pessoas, e também fatos que se passaram comigo, juntando o real com a ficção, na liberdade de pensamento e de expressão tendo o céu como limite, criando personagens e pseudônimos para narrar fatos e ficção”, informou o autor.
Novela A Botija
A outra novidade é sua primeira novela, ‘A Botija – Tristão e Angélica’, que o autor está terminando a correção gramatical e ortográfica para enviar à editora.
A obra, segundo o desembargador Cavalcanti, é baseada num caso concreto de uma botija que um agricultor recebeu da “alma de uma mulher”. “Depois de arrancar o tesouro com a ajuda de um pai de santo, que encontrou a botija e ficou com o ouro”, relata.
“Esse caso chegou a ser registrado numa delegacia de Itapororoca e virou uma Ação Penal, onde um pai de santo foi condenado pelo juiz, todavia ficou com o ouro e não o devolveu ao agricultor. Não posso dizer mais, senão tira o gosto da leitura do livro, que será a minha primeira novela. Esse caso, inclusive, foi motivo de dois artigos publicados no jornal Correio da Paraíba, pelos jornalistas Hilton Gouveia e Tião Lucena”, revelou o autor.
Marcos Cavalcanti conta que esse processo durou 12 anos na Comarca Mamanguape. Em 2007, ao ser concluso, foi registrado numa reportagem de página inteira publicada no Jornal A União. “Mais detalhes do final dessa história e do processo, o leitor só saberá ao ler a obra que será lançada em 2022”, disse o magistrado.
Desembargador Marcos Cavalcanti está na presidência da Comissão de Cultura do TJPB há dez anos, tendo realizado diversos eventos culturais e lançamentos de livros seus e de autores paraibanos, com temas focados na literatura jurídica.