João Pessoa, 10 de novembro de 2021 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Só pelo título da conversa de hoje, alguns já estão me mandando pastar. Não tem jeito, leitor, leitora, com certos tipos não se pode falar manso, educado.
Antes de entrar no assunto, me recordo de uma mensagem do grande Chico Xavier – este sim foi um apóstolo, um verdadeiro exemplo do bem a ser seguido e que não precisou de holofotes, sua simplicidade se confundia com sua história de vida. Bem, a frase do Chico resume o seguinte: “Cada um de nós abrange a paisagem de acordo com o degrau em que se encontra na escada evolutiva”.
E essa escada evolutiva nada tem a ver com dinheiro, status ou diploma na parede, mas sim sensibilidade, percepções saudáveis e ações devidas.
Bruce Aylward, um dos principais diretores da Organização Mundial da Saúde nos faz saber que a pandemia vai durar mais tempo do que o previsto. Segundo ele, a Covid-19 pode “facilmente se arrastar profundamente em 2022”, uma vez que os países pobres não estão recebendo as vacinas na quantidade que precisam.
Para se ter uma noção, de acordo com dados do Our World in Data e do Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, menos de 5% da população da África foi vacinada com a primeira dose. E o pior: não há sinais de que a vacinação será acelerada nesses países mais pobres.
Quem está a dizer isso é um cara que estuda, pesquisa e saber da gravidade, diferentemente dos que andam pernoitando por aí, como se tudo estivesse bem. Não é bem assim.
Seres dotados de consciência e razão agem, não raro, como animais. Na verdade os animais têm instinto, uma programação genética, natural neles. Só fazem o que lhes está programado.
Os bermudões e as dengosas de corredor de shopping têm cérebro, embora, mais das vezes, não façam uso.
Nos países bem-educados, tipo Japão, o sujeito quando pega uma gripe de imediato viabiliza a máscara de proteção “aos outros”. A pessoa gripada sai de máscara evitando não contagiar os demais, isso é evolução, civilidade, educação.
Aqui entre nós isso é tão raro, quanto um camelo passar pelo buraco da agulha.
A pandemia terá, um dia, seu último suspiro, não sabemos quando. Mas ela não vai ensinar a quem já está crescido e não tem mais jeito. Precisamos educar os pequenos, ensinando-os a lavarem sempre, constantemente as mãos, a tossir com a mão na boca… Como? Perdi meu tempo? Ai, Yago… tu és um otimista. Será?
Ao exame, já!
O mês dedicado à conscientização sobre os riscos do câncer de próstata está aí. Você não vê com frequência campanhas publicitárias alertando aos “machos” a gravidade da doença. Muitos não fazem o exame, por medo, por isso ou por aquilo.
E você não tem conhecimento, leitor, leitora, dos informes porque os donos – neste caso, homens mesmo – de agências, emissoras de rádio e de tevê dão de ombros e também resistem quando novembro chega. Claro, comportadas algumas exceções.
A saúde não pode ser deixada para depois. Aos cuidados, já, medrosos de uma figa.
Não adianta
Por que pessoas que já tem “bastante” dinheiro e sobrados bens materiais continuam lutando para ter mais e mais? Bastante é o que basta… Mas as pessoas confundem com “muito/muita”. Erro na certa.
No inconsciente, os seres humanos querem fugir da morte (tolice) e para encher-se de “poder”, um poder que lhes leva a pensar em imortalidade, como tolamente fizeram os faraós egípcios. E tudo são vaidades e correr atrás do vento.
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