João Pessoa, 11 de agosto de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O número de mortes provocadas pelos dois fortes terremotos atingiram o noroeste do Irã neste sábado (11), subiu a 180, com equipes de resgate vasculhando freneticamente no meio dos escombros de dezenas de vilas.
De acordo com autoridades iranianas, ao menos 1,3 mil pessoas ficaram feridas. Milhares deixaram suas casas e permanecem nas ruas após cerca de 20 tremores subsequentes atingirem a área.
Os números ainda podem aumentar, alertaram as autoridades iranianas, já que alguns dos feridos estão em estado grave e outros ainda estão presos sob os escombros e os resgates ainda não chegaram a algumas vilas. Cerca de 60 aldeias tinham mais de 50% de danos, disse a mídia iraniana.
O Irã está localizado em uma área com diversas falhas geográficas e já sofreu terremotos devastadores nos últimos anos, incluindo um de magnitude 6.6 em 2003 que atingiu a cidade histórica de Bam e matou mais de 25 mil pessoas.
O centro de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos indicou que o primeiro terremoto foi de magnitude 6.4, a 60 quilômetros da cidade de Tabriz e a 9,9 quilômetros de profundidade.
O segundo terremoto foi de magnitude 6.3 a 49 quilômetros da mesma cidade em uma profundidade similar, e apenas 11 minutos após o primeiro.
Após isso, ocorreram ao menos 18 tremores subsequentes, informou a mídia iraniana.
O segundo terremoto ocorreu próximo a cidade de Varzaghan. "O tremor foi tão intenso que as pessoas correram para as ruas em meio ao medo", segundo a Fars.
Em torno de 210 pessoas em Varzaghan e Ahar foram resgatadas de escombros, informou a agência de notícias oficial Irna.
Tabriz é uma importante cidade e centro comercial longe das regiões produtoras de petróleo do Irã e das instalações nucleares.
Os dois terremotos atingiram a região às 16h53 (09h23 de Brasília) e às 17h04 (09h34).
Cidades afetadas
As cidades de Tabriz, Ardébil, Ahar, Varzeghan, Mehraban e Heris, assim como várias aldeias foram atingidas pelos dois terremotos e pelas réplicas que se seguiram.
"O acesso às aldeias da região está cortado e nós mantemos contato apenas por telefone com elas", declarou Mahmoud Mozafar, chefe da Defesa Civil iraniana à agência Mehr.
"Nenhum registro foi anunciado até o momento, mas os feridos foram levados para o hospital", acrescentou.
Ele indicou que helicópteros haviam sido enviados para as aldeias da região.
Um porta-voz dos bombeiros de Tabriz afirmou à agência Isna que "a energia elétrica foi cortada na maior parte dos bairros da cidade e que há um engarrafamento monstruoso".
OPINIÃO - 26/11/2024