João Pessoa, 19 de dezembro de 2021 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Pagamos preços todos os dias. Na carne cara de segunda, pagamos o preço de carne de primeira, no óleo de milho que jajá vira azeite de oliva, na gasolina que quanto mais misturada ao álcool, mais cara fica, nas roupas, nas tintas, nos tijolos, nos carros, no ferro, nos impostos de cada dia , no panettone!
Isso mesmo, há uma loucura nos preços dessa iguaria. No ano passado a padaria perto de casa fazia um muito bom por 4 reais. Valia cerca de um euro. Era bom, por um preço baixo, admito. Mas hoje tem umas lojas e outras padarias artesanais que viram no panettone sua última cartada de final de ano pra sair do buraco! Só pode ser! Tá muito caro! Confesso que sempre fui fã, do tradicional, principalmente. Os chocottones me vem crianças na cabeça, cosme e Damião, travessuras, etc. Fico mais feliz com as frutas cristalizadas, aquelas tão odiadas quanto as passas, velhas inimigas dos Natais e festas de fim de ano! Mas deixemos as uvas-passas para
os “haters” e vamos falar do evento da “panettostentação”.
Fui pesquisando por aí, nem vi o preço do Peru por medo de decepção geral na carestia, mas vi coisas absurdas no preço do amado pão, tem aqueles cobertos de pozinho de ouro e choco belga ao preço palatável de 399 resis, o número nove é pra dar uma sensação de que não custa 400, ok? Sim tem pão nesse preço por aí, não caiam nessa cilada! Deus me free! Papai Noel me contou que alguns supermercados estão com alguns gourmetizados, a onda do momento, que chegam a custar 199, mais uma vez o novezinho aparecendo super discreto… Papai Noel pediu para que conversasse com Mamãe Noel, dona de casa, mais econômica e prendada, que fabrica os seus seguindo à risca da receita italiana. Mamma Noel contou-me que demora a ficar pronto, que descansa o produto de ponta-cabeça para não murchar, que seu material é nobre, farinha importada, leve e amanteigado, fruto da fermentação natural, aveludado e úmido ao mesmo tempo, sem produtos artificiais. Ela não vende, uma pena!
Já Sandra, cozinheira de forno caprichosa, nos entrega o seu a R$65, todo trabalhado na nobreza, vai até licor na massa e cobra 65 dinheiros brasileiros. Sandra pede para que procurem pessoas como ela, que passam bons fluidos para o produto nessa época, desejando amor, emanando carinho e proteção.
Ao apreciar os Panetones aromáticos de Sandra, você está valorizando pequenas empresas artesanais locais, que passam três dias amassando e energizando o pão nosso de cada Natal.
Eu ainda compro o meu na padaria do Seu Manoel português que me entrega a 10 pila com muita passa pra ninguém pedir pedaço, brincadeira, risos, venha comer panettone baratinho, nada trufado ou gourmetizado, com cafezinho amigo e lembrar Bibi Ferreira que dizia que o ser humano era meio trouxa porque podia muito bem comer produtos natalinos o ano inteiro! Feliz Natal!
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TURISMO - 19/12/2024