João Pessoa, 24 de dezembro de 2021 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Os festejos natalinos acarretam muitas tradições, ora universais, ora restritas ao núcleo familiar. Com isso, ao pensar em livros que envolvem a atmosfera natalina, é comum pensar em clássicos literários. Os fantasmas de Charles Dickens (foto) em Um Conto de Natal (ou Um Cântico de Natal, em outras traduções), por exemplo, assombram quem não se deleita com a data. Ao trazer para a Literatura uma análise do comportamento de um homem rabugento, Dickens acalentou o coração dos leitores e utilizou a arte para atribuir novos significados ao Natal.
Os fãs de mistério também são acolhidos no Natal. Agatha Christie não deixou seus personagens vivos nem mesmo na época mais esperançosa do ano. Em O Natal de Poirot, o detetive se voluntaria para investigar o assassinato de um patriarca pouco querido no seio familiar.
Estas obras têm potencial para embalar o mês de dezembro tanto quanto as canções de Mariah Carey. Entretanto, sinto falta de uma representação natalina que mais se aproxime à realidade que eu conheço. Não há neve fora de casa; pelo contrário, o meu Natal acontece em um calor escaldante. Para não dizer que desconheço qualquer texto ficcional que abrace o Natal brasileiro, ainda na escola, li Natal na Barca. O conto de Lygia Fagundes Telles também extrai magia do cotidiano, mas não com a roupagem natalina tradicional. Se presentes para adultos também coubessem no trenó do Papai Noel, definitivamente, eu pediria uma biblioteca.
* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB
OPINIÃO - 22/11/2024