João Pessoa, 01 de agosto de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Fábricas e lojas ao redor da Índia voltaram a funcionar nesta quarta-feira após um apagão deixar metade do país sem eletricidade. O novo ministro da Energia, Veerappa Moily, disse que a situação tinha sido normalizada em todo o território nesta quarta-feira, mas não apontou a causa do blecaute, dizendo que uma investigação ainda está em andamento.
Estima-se que 620 milhões de pessoas tenham ficado sem energia nas regiões norte, leste e nordeste do país na terça-feira. Na segunda-feira, o blecaute tinha atingido ao menos 370 milhões de moradores da região norte.
Moilu, que assumiu o cargo na terça-feira, disse não querer fazer especulações sobre a causa do blecaute até que a investigação seja concluída. Outras autoridades indianas disseram que o apagão pode ter sido causado por excesso de consumo, hipótese rejeitada por alguns especialistas, que acreditam que, nesse caso, colapsos da rede elétrica aconteceriam o tempo todo.
A principal autoridade de Uttar Pradesh, o maior Estado da Índia, negou que o excesso de consumo na região tenha sobrecarregado o sistema.
“Não tivemos qualquer responsabilidade. Meu Estado não está usando mais energia do que a cota que lhe é permitida”, afirmou o ministro-chefe Akhilesh Yaday. A Confederação das Indústrias Indianas disse que os dois dias de blecaute causaram perdas de milhões de dólares, mas não afetaram o centro financeiro do país, Mumbai. O grupo exigiu uma reforma no setor de energia indiano, que acusam de ser incapaz de suportar a demanda por eletricidade que aumenta conforme a economia se expande.
Os dois dias de problemas na rede elétrica prejudicaram o serviço de trens no norte e no leste do país e o de metrô nas cidades de Nova Délhi e Calcutá, que ficaram temporariamente suspensos. Milhares saíram dos abafados metrôs da capital quando o moderno sistema subterrâneo parou de funcionar na hora do almoço. Prédios comerciais mudaram seus geradores para combustível diesel, e o tráfego nas rodovias ficou congestionado.
IG com AP e AFP
OPINIÃO - 26/11/2024