João Pessoa, 31 de janeiro de 2022 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
À memória de Charles Chaplin, o Carlitos
No meu diário caminhar pelas ruas encontro olhares, andares, vozes, pessoas dos mais diversos tipos que me trazem inevitavelmente alguma sensação, mesmo que seja de indiferença. Repugnância, atração, pena, surpresa, simpatia, antipatia, raiva, empatia…
Outro dia passou por mim num ponto de ônibus um mendigo recitando um monólogo genial que acabei me esquecendo de anotar, por uma simples razão: fiquei inerte ao me ver naquele sujeito.
Sim, também falo sozinho, mas com a diferença que não tenho ousadia ou loucura suficiente para fazer isso na frente dos outros. Eu me vi sendo – eu sou! – aquele mendigo em algum tempo passado ou futuro. Talvez algum dia descubra. Talvez algum dia empreste à sua voz um monólogo à altura do que ele pronunciava naquela rua movimentada. Talvez eu nunca mais o veja…
No entanto, nada ultimamente tem conseguido atrair mais a minha atenção do que as crianças. Uma comoção tem tomado conta de mim quando avisto um ser pequenino cheio de vida com olhar curioso, um sorriso franco, um andar vacilante porém obstinado, um balbuciar de palavras que um dia todos entenderão…
Tenho me visto nelas também, e sei bem que é em qualquer tempo e espaço. E também identifico o motivo: é na infância que me (re)encontro sempre.
Blog Eduardo Lamas: www.eduardolamas.blogspot.com
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