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É fácil compreender porque no Brasil temos tantas ruas, avenidas, praças, parques, cidades e até Estados com nomes de santos. Nos informa o Anuário Pontifício 2017 que: “Aprofundando o detalhe territorial para cada país e observando os dados relativos à 2015, revela-se que o Brasil, no conjunto dos dez países no mundo com maior consistência de católicos batizados, ocupa o primeiro lugar, com 172,2 milhões de católicos, o que representa 26,4% do total dos católicos do continente americano”.
No nordeste brasileiro a festa de maior popularidade é dedicada a um santo e aqui na Paraíba, Campina Grande pontifica com seus trinta dias de forró – que, aliás, vem perdendo espaço para outros ritmos de projeção midiática e gosto extremamente duvidoso -, impondo-se como o “maior São João do mundo”.
Pois bem. Conta-se que um juiz recebeu uma denúncia da existência de um local situado em um município de sua comarca, que era um misto de casa de tolerância e tavolagem, frequentada por menores. Determinou que o meirinho fosse até o suspeito lupanar e averiguasse a história. O diligente oficial de justiça, cumprindo a ordem judicial, indagou de um transeunte onde ficava situado o tal prostíbulo denunciado, e o morador começou a lhe orientar o endereço.
– O senhor segue pela rua Nossa Senhora de Fátima. Ao final, dobrar na rua São Sebastião e, após cruzar a Praça Santo Antônio, entrar na rua São Pedro e depois de passar pela Travessa Santo Agostinho, seguir… A essa altura, o meirinho impaciente e já não conseguindo memorizar os nomes de tanta santidade, interrompeu o atencioso nativo e o advertiu:
– Meu senhor, eu não estou interessado em ir para o céu, só quero que me diga o caminho do cabaré!
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OPINIÃO - 22/11/2024