João Pessoa, 26 de fevereiro de 2022 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Sim, o título é de uma canção de Caetano e as Cardinales continuam bonitas, mas Brigitte Bardot não é mais a mesma. Assim como Vinicius de Moraes tinha seu médico das flores, eu ando em busca da colheita de grandes beijos de amor. Alvorada, que beleza! O sol colorindo, é tão lindo.
Um dia quente, um bom lugar para tomar um uísque, o velho no rótulo da garrafa. A saudade mata a gente, morena!
Tenho comigo as lembranças das conversas com Marcelo Câmara, que antes de partir me deu o disco “Joe Pass and Paulinho da Costa” – With Cláudio Slon, Octávio Bailly, Oscar Castro Neves, Don Grusin. O nome do disco é “Tudo Bem”.
Vida, minha vida, olha o que que eu fiz por um momento de prazer: rompi tratados/traí os ritos/quebrei a lança/lancei no espaço/um grito, um desabafo
Sinal fechado, fecho os olhos e imagino aquele beijo, aquele beijo. Olá, como vai?
Com o vinho que não bebi, aguardo em algum porto, a colheita desse beijo, o momento em que a vida para e o vento nos leva, se faz saudade, do que fui ontem, serei amanhã? O que será, que será? Paixão e carnaval.
Paciência. Se alguém perguntar por mim…
A minha prosa, às vezes caótica, lírica sem nenhuma visão sideral e só não escrevo poesia, porque todas já foram escritas e, embora eu goste de muitos filmes, ainda procuro pela Rosa Púrpura do Cairo, que saiu das telas dos azuis mais que azuis.
Jogar com as palavras significa alguma coisa? Sim, os olhos tristes da vida rodando no gravador e cigana lendo a mão de Paulo Freire.
Walter Galvão falava provocando e a gente se entendia. Os entendidos de ontem, estão noutra vibe, jogando video game.
Com a palavra não se brinca, e não diga nada sobre meu brinco de ouro na orelha.
Que não aconteça nada e aconteça tudo, faz parte do meu show. Ela era a mais bonita das cabrochas, mas hoje a gente nem se fala.
Eu estou de olho na boutique dela. Que nada, eu só possuo o que Deus me deu. Mas como é sincero o meu amor…
Beija eu, beija tu, me beija, que o ballantines ainda jorra na beleza anarquista das suas coxas molhadas. Ah, o tempo da invernada.
Quando você está me lendo, já estou na Serra da Boa Esperança, esperança que encerra dentro de outros propósitos, de ficar para sempre lá. Aliás, para sempre não existe. Não se afobe não, que tudo é pra já.
O beijo combina com o bucolismo, o universo particular de duas pessoas. Amor meu grande amor, chegue na hora marcada. Se já chegou, vem cá.
Amores rosas e confidências suspiros dos (di)amantes. Quando? Só nós 2 é que sabemos.
Depois do amor, é só gargalhar. Agora se me chamar para dar uma e dar dois, eu vou.
Ecos e gemidos e às vezes só filosofia, – pra que rimar, né? Do coração ao pênis, bombando amanheceráçaí guardiã e anoitecerá maçã, porque da manga rosa quero o gosto e o sumo.
Vamos fugir, deste lugar, baby. E as bomdas?
Kapetadas
1 – Como diz meu mestre Zuenir Ventura: “Tenho dificuldade de produzir ficção. A realidade é inesgotável.”
2 – Só sabe aonde vai quem não esquece de onde veio!
3 – Citações: Caetano Veloso, Djavan, Tom Jobim, Pixinguinha, Chico Buarque e Milton Nascimento, Walter Galvão, Woody Allen, Cazuza, Geraldo Vandré, Cartola, Paulinho da Viola, Zé Keti, Lamartine Babo, Chico César, Tom Zé, J. Pimentel Arnaldo Antunes ,Arto Lindsay e Marisa Monte e outros.
4 – Não tem som na caixa
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OPINIÃO - 22/11/2024