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Francisco Leite Duarte é advogado tributarista, auditor-fiscal da Receita Federal (aposentado), professor de Direito Tributário e Administrativo na Universidade Estadual da Paraíba, doutor em direitos humanos e desenvolvimento. Na Literatura, publicou os romances “A vovó é louca” e “O Pequeno Davi”, uma coletânea de contos chamada “Crimes de agosto”, um livro de memórias (“Os longos olhos da espera”), e dois livros de crônicas.

Guerra e Paz II

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publicado em 04/03/2022 ás 07h08
atualizado em 04/03/2022 ás 07h12

Acho que os Estados Unidos da América e muitos dos seus aliados históricos têm, sistematicamente, invadido países, imposto suas vontades, matado muita gente, quando não pela via da violência mais explícita, pela sabotagem, quase sempre com o intuito de rapinar alguma riqueza ou a liberdade de outros povos e nações.

Exemplos são tantos e tão recentes, que é despiciendo citar um só qualquer. É tão notório, é tão patente, é tão presente e prepotente, que parece algo que caiu no lugar comum da indiferença, como se fosse normal essa violência levada a efeito pelo Ocidente, capitaneado pelo país do Norte.

Acho, igualmente, que a Europa — por meio da institucionalidade estatal ou do seu povo — tem sido extremamente solidária e sensível no acolhimento dos refugiados ucranianos, atitude necessária e elogiável, embora não tenha agido assim em relação àqueles que fogem de outras guerras, como sírios, africanos, iranianos etc., como se, nestes, a marca da humanidade estivesse desbotada, a não merecer acolhida e proteção. Uma lástima!

Esta não é, por enquanto, a terceira guerra mundial, mas elementos pós-modernos afinados com a globalização dão a ela nova ressignificação, transformando-a em algo de outra natureza, algo que ultrapassa a estreiteza das guerras tradicionais, dizendo para o mundo que a pós-modernidade chegou e que, doravante, não há como se fazerem guerras como antigamente.

Mas, guerra é guerra em todos os lugares e tempo. É a explosão do ódio e da morte. Há de se condenar toda carnificina, seja de que ordem for, de onde vier, tanto a que ora se desenvolve pela Rússia, matando os ucranianos, quanto as outras que mataram outros povos, ou os exploraram, deixando-os presos a uma dependência eterna.

A guerra, como a paz, é dessas coisas que exigem, em abono ou refutação, firmeza de caráter, daí não se conformarem com omissões e supostas neutralidades. Quem não condenar com veemência é cúmplice! O Brasil é da paz. Diga isso aos quatro cantos do vento, Senhor Presidente!

@professorchicoleite

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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