João Pessoa, 05 de março de 2022 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Nelson Rodrigues dizia que o passado sempre tem razão. Pensando bem, não é fácil se livrar do passado. Vejam a guerra, nunca foi uma coisa do passado, sempre presente. Mata-se por tudo.
Não tem como viver nessa “insanidade da guerra”, da Rússia contra a Ucrânia, mas estamos tão longe, né?
Karl Kraus (foto) jornalista, ensaísta austríaco, disse algo diferente: que a paz se funda no massacre e que a guerra é o baile de beneficência no qual a humanidade encena o que normalmente faz, mas de que não fala, de modo a que o público se entusiasme e faça pequenos donativos em número suficiente para que o massacre continue.
É punk o Kraus, viu?
Ao contrário de muitos, Kraus não retratou os horrores da guerra. Limitou‑se a anunciar a definitiva impossibilidade da paz. Onde estará a paz?
Não podemos desprezar sua opinião. E a ONU? Manda menos do que um marido em casa.
Eu na minha idade, não imaginava que assistiríamos tantos horrores nas telas azuis. Famílias fugindo da virulência exposta nas páginas da Internet.
Eu não sei nada sobre a guerra, sei que vivemos uma guerra permanente, um ódio galopante, uma mentira atrás da outra e uma ganância que perdura. Os hipócritas cruzam os braços e falam besteiras. Guerra é ruim até no tabuleiro do War.
Eu me oponho visceralmente a tudo isso, sou pequeno demais.
A guerra é um jogo e nesse jogo, perdedores deixam casas, camas, quartos, mobílias, amigos, pais, irmãos e filhos.
A guerra “vive” entre nós
Para variar, estamos em guerra, como cantava Rita Lee.
Kapetadas
1 -Parem de acontecer coisas eu preciso dormir!
2 – “Fecha essas aspas aqui pra mim
3 – Não som na caixa.
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OPINIÃO - 22/11/2024