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Formada em Direito, Administração com ênfase em Comércio Exterior e pós-graduada em Comunicação Corporativa pela Universal Class da Florida.
É lider climate reality change pelo Al Gore e ceo do site Belicosa.com.br onde escreve sobre comportamento digital e Netnografia.

Quer ter um sono reparador? Me pergunte como?

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publicado em 11/03/2022 ás 18h38

Saiba como um drama pessoal transformou o hábito de dormir.

Ter um boa noite de sono, esse é um dos desejos da sociedade dos dias de hoje. Todos nós estamos lutando para ter um boa noite de sono! O mundo precisa descansar, restaurar e reparar esse trauma global que todos nós experimentamos em algum nível. A falta de sono, a má qualidade do sono ou a insônia também podem ser fatores que contribuem enormemente para a ansiedade, estresse e depressão.

O sono é uma das principais coisas que todos nós precisamos para o nosso bem-estar emocional, físico e mental. A boa notícia é que podemos implementar medidas simples para melhorá-lo.

Mas, o que está fazendo um artigo sobre sono no Belicosa?

Um drama pessoal me inspirou a escrever sobre o sono. Não pelos olhos dos especialistas, mas sim pelos olhos do paciente. Há mais de 10 anos comecei a ter problemas com o sono. Uma hora era o stress da vida moderna, outra hora era uma insônia que não compreendia. Sim, era daquelas pessoas que sempre dormia bem, a principal reclamação da família e amigos era que dormia demais.

E agora não estava bem, não descansava. O cansaço era a principal reclamação e fui buscar ajuda com médicos de família, terapeutas e psiquiatras. E sim fiz uso de um coquetel de pílulas que fizeram mais mal do que bem. Ninguém chegava num consenso. Tinha eu depressão? Ansiedade? Insônia?

E o pior, minha intuição me dizia que algo estava errado, mas não me sentia deprimida ou ansiosa. Sentia mais raiva por não saber o que estava acontecendo comigo.

Durante quase 7 anos fui diagnosticada com patologias que não tinha. Passei por 6 médicos e ainda não me sentia bem. Foi quando colapsei, estava exausta. Na ultima tentativa, passei por um médico que disse que meu caso era tão grave que deveria desistir de ter uma carreira.

E aí utilizei a internet ao meu favor, procurei por um neurologista do sono, e depois de uma consulta de mais de 2 horas ele retirou os mais de 4 medicamentos que utilizava e disse: calma, o que você tem é HIPERSONIA (alguém que precisa dormir mais que o normal para nutrir o corpo)

Não sabia o que era, mas o alivio inicial era tão grande que nem me importei, já mandei “isso é grave?” e ele disse, “não você apenas precisa dormir mais”. Depois da constatação feita pelos exames do sono e ajustes na minha rotina diária, durmo em media 10 horas e tenho uma vida normal.

O que a minha história quer lhe dizer?

Que a falta de sono pode afetar nosso humor, nossa capacidade de reter memórias e aprender novas informações, de nos sentirmos motivados, de resolver problemas, nosso relacionamento com os outros e nosso relacionamento com nós mesmos. Passamos cerca de um terço de nossas vidas dormindo, e isso afeta nossa saúde e bem-estar em tantos níveis. Então, como podemos melhorar nosso sono quando os tempos são difíceis?

Nessa jornada vai precisar de disciplina para ter um sono reparador. Comece a usar a tecnologia: dê um Google em “Higiene do sono” e veja, são rotinas que vão lhe ajudar.

Sempre que puder faça exercícios, se exponha ao sol 15 minutos por dia, pode ser de qualquer lugar. Dentro do quarto a regra é clara: zero telas, e cama é feita para sexo e sono. Se não estiver fazendo isso em cima dela, saia imediatamente. E isso deve ser repetido todos os dias, sem exceção. A dificuldade do uso da higiene do sono é a disciplina.

Espero que um drama com final feliz lhe sirva de inspiração para pôr em prática rotinas que vão lhe ajudar a dormir melhor, estar mais disposto para sua vida, e a encarar o sono como ferramenta para um Life style melhor.

Maria Augusta Ribeiro é especialista em comportamento digital e Netnografia no Belicosa.com.br

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB