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Gosto de quem faz. De quem sai do discurso gasto e mostra a capacidade de fazer mais, abrir pegadas, abrir espaços para aqueles a quem defende. Assim fez a atriz e consultora Maitê Schneider (foto) 50 anos, que criou uma plataforma para trans, como ela, entrarem no mercado de trabalho.
Até agora, só se via pessoas trans, e, antes um pouco, gays, trabalhando em atividades ligadas à beleza, como os salões de cabeleireiros. É a plataforma TransEmpregos. Gosto de quem explora espaços nas escolas para fazer pessoas estudarem. De quem cava empregos. É como se trabalhasse para todos e não somente para aqueles que diretamente se beneficiam.
Cada banco de escola ocupado é uma promessa para a sociedade. Cada vaga de emprego, gera-se dignidade. E foi no emprego que Maitê foi investir sua ação. Todo ano, as contratações crescem. De 707 vagas preenchidas em 2020, viraram 794 em 202. As vagas disponíveis crescem: são mais de 4 600.
O que me chamou a atenção é que Maitê passou da fase de contestação apenas. Aceita qualquer empresa na plataforma. Mesmo quando há diversity wash (quando a empresa adere a uma causa pelo marketing que isso gera), ela aceita. E tenta mudar a distorcida visão empresarial. Apenas um requisito: que o local de trabalho não seja hostil ao empregado, e que não gere nenhum sofrimento. Tá certa!
Maitê é gente que faz. Que trabalha no presente pelo futuro que virá, pois haverá um tempo em que todos terão os mesmos direitos., principalmente, ao respeito. E isso será mútuo. Então, todos poderão viver de acordo com seus propósitos. Nem haverá empregos vagos por falta de qualificação.
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TURISMO - 19/12/2024