Como as colaborações entre marcas e comunidade acontece pela netnografia.

Não é de hoje que netnografia vem sendo utilizada como estratégia para a geração de insights no mercado. E seus esforços estão alinhados a uma pratica atual de grandes marcas na inclusão do consumidor ao criar novos produtos as chamadas Collabs.

Mas o que é Collab? E netnografia? E como elas trabalham juntas?

As chamadas Collabs são iniciativas de marketing que reúnem diferentes partes a fim de produzir conjuntamente um resultado mutuamente valorizado. Por exemplo, uma empresa e um grupo de clientes.

Já a netnografia é o método que estuda o comportamento do consumidor na internet, observando esses clientes e fãs, identificando dados extraídos de ambiente digitais como as redes sociais e gerando insights que se convertem em estratégias para alcançar o consumidor.

O casamento da Collab com a netnografia acontece quando se emprega a netnografia para enxergar os reflexos culturais das pessoas em ambiente digital e se direciona esforços transparentes para se criar algo de valor em conjunto.

O comportamento do consumidor em ambiente virtual molda tendências de consumo e pode ser desde o produto que se ajusta ao cliente como ter produtos feitos por quem mais entende o próprio consumidor.

É aí que podemos ter produtos gerados com a Collab entre duas marcas, ou produtos feitos direcionados para uma comunidade, e ainda a personalização de um produto para determinado acontecimento.

E como perceber pela netnografia a oportunidade de fazer uma Collab?

Empresas como a Coca-Cola utilizam a netnografia para entender que música os clientes desejam ao consumir uma Coca-Cola Zero.

A Starbucks usa a netnografia para ouvir as ideias de seus clientes e oferecer sabores mais atrativos em seus cafés.

A Ikea faz grupos de discussão sobre novos produtos para empreendedores, a DHL tem centros de inovação que experimentam as dicas dos clientes em novas maneiras de se fazer uma entrega.

A Lego tem desde 2004 votações online sobre as melhores ideias para o uso de seus cubos, desde simples entretenimento até uso em arte, educação e arquitetura.

A BMW e a Heineken têm centros de Cocriação entre seus fãs a fim de produzir espaços onde seus produtos possam ser mais bem experimentados. Afinal, não é todo mundo que pode ter um carro de luxo, mas todos podem se tornar fãs da marca e consumidor peças de vestuário ou ter um copo estampado a marca.

A moda de usar Collabs para criar surpresas para os que já consomem sua marca não é nova, o mercado utiliza a técnica há décadas com o objetivo de personalizar produtos.

A diferença da prática antiga para a atual é que agora podemos ouvir os desejos do consumidor em tempo real com a internet e interagir. E muitas empresas, sejam elas gigantes ou pequenas, estão embarcando nessa estratégia para garfar de vez o coração do consumidor.

E se não puder pagar pela netnografia para fazer Collabs, o que faço? Ouça seus clientes na rede social, no Google, converse com eles e veja as preferencias e quem sabe um artista local top personalizar seus produtos, ou outra pequena empresa que queira fazer Collab. O importante é ouvir o consumidor.

É criando comunidades e conexão social que se observa os insights para a geração de produtos de valor. E onde há problema, há oportunidade, e ela pode ser alcançada com uma Collab.

Lembre-se: mais bacana do que criar algo para alguém é criar algo com alguém, e as empresas estão justamente de olho nesse alguém, para criar novos bens de consumo E a netnografia é aliada para orientar o mercado.

Maria Augusta Ribeiro é especialista em comportamento digital e Netnografia no Belicosa.com.br

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB