João Pessoa, 17 de março de 2022 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Prenhe de felicidade saí da sala de cirurgia acompanhando minha esposa Cristiane e nossa recém-nascida Mariana. Desta vez não me foi permitido filmar o parto, como já houvera feito com outros filhos. A médica deu sua justificativa e autorizou apenas fotografar. Me dei por satisfeito por realizar o registro iconográfico da chegada da pimpolha ao mundo.
Terminado o procedimento cirúrgico, a bebê foi colocada sobre o colo da mãe e ambas da maca para a cama foram conduzidas ao quarto do hospital. Até então nós não sabíamos que havia acabado o berçário, afinal de contas tinham-se passado onze anos da última vez que pisamos em uma maternidade. Registro a competência e profissionalismo da equipe médica, enfermeiras e auxiliares, na sala de cirurgia.
Chegando ao quarto fomos informados que a mãe teria que amamentar a filha e já assumir seu papel materno, cuidando da higiene da petiz, embora os primeiros banhos foram dados pelas enfermeiras com muita dedicação e expertise. Mas Cristiane, mãe de outros dois filhos, já dominava esses afazeres tão difíceis para mães de primeira viagem. Até então estávamos no paraíso curtindo nossa filha, felicidade que contagiou também os irmãos de Mariana e outros familiares.
O nosso drama começou quando caiu a noite. Não porque Mariana incomodou com choro. Nada disso, ela é um amorzinho de pessoa, só faz mamar e dormir. Mas, quando mais precisávamos da lei do silêncio, algumas enfermeiras ou técnicas de enfermagem, adentravam (terminologia policialesca) no quarto ao lado provocando um estrompido na fechadura, isso durante toda a madrugada, batendo a porta como quem está largando o marido, provocando sobressaltos na recém-nascida, na mãe e em mim, sonolento acompanhante.
Tudo isso aconteceu este mês no hospital da Unimed João Pessoa, 5º andar.
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OPINIÃO - 22/11/2024