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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Bela Horizontal, 125 anos

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publicado em 12/04/2022 às 07h00
atualizado em 12/04/2022 às 08h05

Que impacto o meu, sair dos sertões de mim, do mar que eu digo que é meu, e me ver andando pelas ruas de Belo Horizonte. Aliás, bela horizontal e vertical.

Se tivesse mar em Belo Horizonte, o Rio de Janeiro continuaria lindo.

No saguão do Palácio das Artes tem um busto de Juscelino Kubitschek, que nasceu em Diamantina e foi prefeito de BH.

Amores entre as praças, o Palácio da Liberdade, as ladeiras, o centro, os bairros, o Mercado Central, tudo é belo em Belo Horizonte. Você já foi à Bahia, Alex Leite, encontrar Ivan Sacerdote, o Salvador? Então, vá.

Minas generalizada hospitaleira, Minas das minas lindas, Minas dos clubes e esquinas de Milton Nascimento, o imenso Milton Nascimento como está canção que “GalGil” do disco novo de CV.

Cidade jardim, que saltas ainda mais dentro de mim, manhãs de sol e chuva no final da tarde.

Invade-me agora outras sensações, a participação da amizade, a relação da luz entre as trevas das atitudes e as badaladas do sino da Igreja de São José, que me acordava às seis da manhã. Ô  cidade linda, uai.  Tão jovem, no dia 12 de dezembro, Belo Horizonte fará 125 anos.

Árvores por todo canto enraizadas no coração de Belo Horizonte, nas superfícies dos anjos, nuvens, o modo do ser responsável por aquilo que cativas. Não sou príncipe, nem pequeno.

Lá estava o velho Kubitschek entre flores que atravessam espinhos. Ai lembrei de Dafne que vira um loureiro, perseguida pelo amor de Apolo.

Bela Horizonte e seu vestido mais  bonito, tão mulher, no meio do vai e vem, e eu admirado a entrar-me pelo espelho onde baila uma rosa vermelha do meu querer.

Enfim, Belo Horizonte, é um fascínio, um poema de Carlos Drummond de Andrade.

Kapetadas

1 – Essa é a minha opinião, você pode concordar ou concordar com ela.

2 – Paradoxo das alianças políticas na Paraiba –  se você não se alia, convém ter cuidado; se você tem aliados, não adianta se cuidar.

3 – Som na caixa: “Eu já estou com o pé nessa estrada/Qualquer dia a gente se vê/Sei que nada será como antes amanhã”, Milton Nascimento e Beto Guedes

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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