Atualidade X eternidade

Você quer falar da atualidade, procuro a eternidade. Nem que dure segundos, nem que seja na folha digital de um jornal, do portal que se abre pra tanta possibilidade. Luto com unhas, dentes, alma e espírito contra a minha própria mediocridade. Contra minhas mediocridades. Passo o tempo a enfrentá-las, numa árdua batalha interna, eterna.

Aceito, sim, aceito que você também as tenha, e respeito que não se envergonhe de reconhecê-las, não é preciso mostrá-las. Sabe, exibi-las como trunfos já não dá pra concordar, nem disfarçadamente. Aí está, ter orgulho da mediocridade é uma doença social que está aí, todos os dias, nas TVs, nos rádios, sites, redes sociais. Até mesmo nos poderes políticos, empresariais, educacionais, veja só.

Estar sempre na contramão, a remar contra marés, ondinhas da moda, não deve também ser motivo pra deleite. Não, não se deite neste leite derramado, neste leite estragado. Prefira o alimento pela alma que vem dos poros, ponha sua pele à flor da alma, crie, invente, reinvente, plenamente, com a mente plena. E não sinta pena, de quem quer que seja. Ou melhor, sinta sim, daquele que ser medíocre almeja e viceja.

E, veja, ainda se exibe de peito aberto, cheio de certeza, de certezas, poucas e retas, curtas retas, pensa e vota pelo fígado, pelo reto. Haja estômago!

Papo reto: tá duro de aguentar.

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