João Pessoa, 02 de maio de 2022 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Lembro-me de pelo menos dois sonhos que permeavam minha mente infantil. O mais ambicioso deles me levaria a viajar pelo mundo todo, como uma grande musicista, tocando violino em uma grande orquestra de algum país europeu. Eu disse que era ambicioso…
No segundo, um pouco mais plausível, eu seria a chef que assinaria o cardápio de um grande e renomado restaurante premiado com algumas estrelas Michelin. Sim, eram sonhos bem específicos. Sonhava grande a pequena garota.
Menina linda, menina inocente, o que você quer ser quando você crescer?
A evolução da maturidade emocional, obviamente, tratou de providenciar sonhos e projetos de vida um pouco mais condizentes com as possibilidades que estavam à mão. A vida prática ergueu-se diante dos desejos e cada vez mais se impunha como uma grande muralha. Já não eram tão românticos os sonhos. Não pareciam tão satisfatórios quanto os da época da inocência . Mas os persegui. Alcancei alguns.
Garota jovem, garota idealista, o que você quer ser quando você crescer?
Nasceu a mulher. Vivi meus sonhos. Vivi os sonhos de outras pessoas. Sonhei por outras pessoas. Batalho para que outros consigam viver os seus. Descobri que a maturidade não extingue o romantismo dos sonhos que ainda permeiam minha mente, alma e coração. Descobri que sonhos do passado não se perdem. E, mesmo que nunca se realizem, habitarão para sempre o imaginário infantil que ainda guardo, mesmo depois de tantos anos.
Perdas, conquistas, alegrias, tristezas, amores, decepções… todos habitantes de um mesmo espaço. Disputando lugar com os sonhos. Ensinando a chorar, a sorrir, a amar.
Mulher menina ainda, inocente, garota mulher experimentada pela vida, dona de si, sabe onde ir, o que você quer ser quando você crescer?
Feliz, eu espero!
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VÍDEO - 14/11/2024