João Pessoa, 08 de maio de 2022 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Eles são muitos. Eles são inúmeros e muitas vezes não se mostram de dia. Isso, no Brasil, tá?
Vivem como corujas a mostrar seu intento mais à noite, o que não devia ser certo, pois devem se misturar e se mostrar a toda hora, pois ciclista veio primeiro que o carro motorizado, ciclista é gente boa que não atrapalha o trânsito, não tem pressa no transporte da diária, tem leveza ao pedalar, raramente freia bruscamente, não usa a buzina como forma de opressão entre ricos e pobres , leva a vida de maneira saudável e tenta ainda levar ao mundo uma temática de bem estar. Imagina se a gente fosse só ciclista?
O capitalismo estaria com os dias contados. Que coisa fria essa ideia estadunidense de queimar a pedra do fundo da terra e do mar, que ideia esdrúxula torrar nossos antepassados como glória de um futuro da tecnologia que nunca existiu.
Certo momento perguntei ao meu pai onde estavam nossas formas de gelo de alumínio e nossos copos sanfonados daqueles de metal em nossas lancheiras do colégio. Houve uma retirada de tudo o que era durável e permanentemente reciclável em carros, casas, tabuleiros, barracas, lonas e tudo mais.
De repente, nos tornamos reféns da indústria infiel do petróleo, tudo virou plástico, até meu avô já reclamava da queima do ouro preto precioso que se tornou a mola propulsora de engajamento de nações ricas e poderosas a adestrar novas colônias poluidoras. O movimento ardeu as fronteiras, remanejou parte da nossa cultura, renegou os ciclistas a meros detentores de coletores de saúde aleatórios. Que tristeza ver que nem mesmo os ciclistas atentam que seriam os salvadores do mundo! Deus salve os ciclistas! Deus proteja o movimento europeu do ciclismo! Viva o carro elétrico e a energia solar!
Viva o ciclista! Petróleo já era, Acorda Brasil!
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OPINIÃO - 22/11/2024