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É formado em Direito pela UFPB e exerce funções dedicadas à Cultura desde o ano de 1999. Trabalhou com teatro e produção nas diversas áreas da Cultura, tendo realizado trabalhos importantes com nomes bastante conhecidos, tais como, Dercy Golcalves, Maria Bethania, Bibi Ferreira, Gal Costa, Elisa Lucinda, Nelson Sargento, Beth Carvalho, Beth Goulart, Alcione, Maria Gadu, Marina Lima, Angela Maria, Michel Bercovitch, Domingos de Oliveira e Dzi Croquettes. Dedica-se ao projeto “100 Crônicas” tendo publicado 100 Crônicas de Pandemia, em 2020, e lancará em breve seu mais recente título: 100 Crônicas da Segunda Onda.

Joga pedra no Geni

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publicado em 29/05/2022 ás 07h00
atualizado em 28/05/2022 ás 20h51

Eu nem estava com vontade de falar qualquer coisa essa semana. Só vim aqui dizer que o Brasil deixou de ser aquele país alegre. A festa à brasileira virou um toque de recolher faz tempo. Já tivemos anos dourados,  de boas notícias, de turista em cada esquina.

A fama ou melhor, má fama,  vem em milésimos de segundos, como acontece no mundo das celebridades atualmente.

A carne vermelha cada vez mais cara nos frigoríficos do supermercado e a carne preta ou parda cada vez mais barata nos frigoríficos do IML. Será que Genivaldo foi asfixiado, morto e torturado, por que tinha Jesus no seu nome?

Estranho ter cristãos apoiando tudo isso, tem cristão cultuando armas, que acha bonito chacina e diz que é preciso fazer a limpeza nas favelas. O cristão de hoje se apossou da política, anda com condenados brancos, dá festa pra facínoras com contas de milhões ilegais e posta foto deles nas “redes socialites” para dar engajamento. Mas o pobre não, esse o Cristão acha que fez por merecer, que câmara de gás é bobagem, assim como os desmandos da Câmara dos Deputados. Essa é nossa propaganda de uma pátria amada e bélica. Voltamos à estaca -1. Jogaram pedra no Geni porque ele era feito pra apanhar, era pobre que nem sorria, cabia em qualquer camburão, o maldito Geni! 

Genivaldo de Jesus tinha uma via crucis a percorrer, mas começaram a 

apagar ali mesmo, bem na frente dos errantes, dos parentes, dos berrantes, dos passantes. Era bicho?

Era, era bicho homem, sem dinheiro. SRD?  pardo ou preto? Igual como foi no tiroteio da favela que apagou gente por inteiro. 

O mundo pesou e ninguém avisou que você, um amigo, ou um parente podem, a qualquer momento,  e, por motivo banal, ser vítimas do respingo da violência gratuita dessa gente arrogante. 

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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