João Pessoa, 27 de junho de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O presidente destituído do Paraguai, Fernando Lugo, deve percorrer o país em mobilizações contra o novo governo instalado após o impeachment.
O "gabinete paralelo" formado por ex-ministros e assessores de Lugo anunciou nesta quarta-feira (27) que a ideia é que o ex-presidente percorra vários estados, a partir da próxima segunda-feira, para dar a versão dele da situação do país e participar de manifestações pacíficas.
Em um comunicado, o grupo acusa setores golpistas de promover a desinformação e diz que o governo de Federico Franco será responsável por possíveis sanções econômicas ao Paraguai provenientes organismos internacionais como a Unasul (União de Nações Sul-Americanas), o Mercosul e a OEA (Organização dos Estados Americanos).
O texto também incentiva paraguaios e paraguaias a sair às ruas para protestar pela restituição do ex-presidente. Segundo o senador Carlos Filizola, um dos defensores de Lugo no Congresso, movimentações espontâneas começaram a surgir no interior do país.
O anúncio de hoje veio depois que manifestações pró e contra Lugo acabaram sendo adiadas aqui em Assunção.
Embora admita que seja muito difícil que o Fernando Lugo retome a presidência, Filizola disse que os atos, a dez meses das eleições no Paraguai, não têm caráter político.
Lugo, que pela lei do país não pode mais concorrer à Presidência, já disse que não descarta tentar voltar ao Senado paraguaio no ano que vem.
G1
OPINIÃO - 26/11/2024