João Pessoa, 12 de junho de 2022 | --ºC / --ºC Dólar - Euro

ÚltimaHora
É formado em Direito pela UFPB e exerce funções dedicadas à Cultura desde o ano de 1999. Trabalhou com teatro e produção nas diversas áreas da Cultura, tendo realizado trabalhos importantes com nomes bastante conhecidos, tais como, Dercy Golcalves, Maria Bethania, Bibi Ferreira, Gal Costa, Elisa Lucinda, Nelson Sargento, Beth Carvalho, Beth Goulart, Alcione, Maria Gadu, Marina Lima, Angela Maria, Michel Bercovitch, Domingos de Oliveira e Dzi Croquettes. Dedica-se ao projeto “100 Crônicas” tendo publicado 100 Crônicas de Pandemia, em 2020, e lancará em breve seu mais recente título: 100 Crônicas da Segunda Onda.

Palmas para Tom Cruise!

Comentários: 0
publicado em 12/06/2022 ás 08h42
Tom Cruise llega al estreno de "Top Gun: Maverick" en la 75ta edición del Festival Internacional de Cine de Cannes, en el sur de Francia, el miércoles 18 de mayo de 2022. (Foto por Vianney Le Caer/Invision/AP)

Se eu fosse o roteirista, Mav morreria no final e teria o segredo revelado ao seu afilhado contado por sua ex-namorada. Mas não, meu único “spoiler” é que o filme é de tirar o fôlego e trilha idem (mas não espere tocar “take my breath away” canção icônica do Top Gun original) Top Gun Maverick é uma ode aos sentimentos nobres.

Ali vemos o amor entre Sêniores, a lealdade se moldando entre jovens e a máxima construção da remissão. Se você não assistiu ao primeiro filme nos anos 1986/87 não deixe de assistir à continuidade dele, mas se você o assistiu, saiba que você tem a obrigação de sentir as incríveis borboletas no estômago que a nova história provoca.

Não bastante ótimas interpretações de jovens atores corpulentos e belos, essa versão “reloaded” tem a ver com a dignidade de um Capitão e seu amor incondicional ao seu ofício e a sua Pátria – ali sim, se vê um Capitão de verdade, conciliador, não esse tipo ranzinza de hoje em dia que vive a confundir e dividir uma Nação.

O filme é agregador de virtudes, nos dá esperança, nos mostra o valor dos mestres e a consequente gratidão a estes. A trama enaltece rostos já sem o devido colágeno quando ativa a beleza do elo entre rugas de expressão e pés-de-galinha, pois há em certos momentos, uma infinita boniteza na maturidade não harmonizada, e, se falarmos de sensualidade e sexualidade então, é de deixar os aspirantes a galã lá no porta-aviões aguardando decolagem. Isto posto, o Capitão entrega tudo num filme de extrema emoção, desafios e superação.

Chorei, sorri, revivi o passado e agora aplaudo o presente: um filme “de milhões” como falam meus amigos nascidos pós-Top Gun! Corram pra ver cenas reais de ação, agradáveis aos olhos e ouvidos(trilha ótima por Hans Zimmer e Harold Faltermeyer, mas com cereja do bolo by Lady Gaga, nas palavras do Tom Cruise), pois não se trata de um café requentado, mas sim, de um novo café tipo exportação, passado na hora, comprovando um milagre que aconteceu nesse nosso mundo tão tiktokiano. 

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB