João Pessoa, 12 de junho de 2022 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Exulto com a boa-nova os 70 anos do jornalista Abelardo Jurema, neste domingo de sol.
A primeira vez que o vi foi na Academia Paraibana de Letras, há mais de 40 anos, onde hoje ele é membro da APL, uma casa do saber, do acolher.
Ressalvo a resistência de um jornalista chamado Abelardo Jurema.
Para onde foi o nosso tempo, Abelardo? Crescemos e evoluímos.
Onde andará Rosalinda Amália e Dão, que tanto vibrariam ao vê-lo chegar a sete décadas.
Abelardo das amabilidades. Estar vivo perto do mar com Maria Lucia, filhos e netos já é um presente de Deus.
Fomos a tantas festas, sentamos em tantas mesas, em momentos agradavelmente necessários, como convém às pessoas que gostam uma das outras.
Foi Abelardo quem me deu alguns paletós, para quem só tinha um. Foi ele muitas vezes que me fez levantar a poeira. Mas que remédio bom é ter um amigo, né?
Abelardo procurou sempre e infatigavelmente um jeito diferente de fazer jornalismo, seu trabalho, o ganha pão, que até hoje chega mais rápido pelo WhatsApp.
O setecentista Abelardo Jurema procurou sempre ser amigo de muitos, o milhão de amigos da canção do Roberto. O que antes nos comoveu, quando a gente se comovia, tem uma responsabilidade, um traço particular dele, um agrado não só para nós, seus amigos.
O profissional que informa que a cidade cresceu, que mostra a cidade pelo avesso, as calçadas esburacadas e o crescimento econômico, politico e social das pessoas. Uma coluna abordando tudo e muito mais.
Eu o entrevistei diversas vezes, exaltando seus eventos e livros, até quando ele retornou de São Paulo, depois de uma cirurgia com o médico Miguel Srougi. Lembro dessa tarde, ele ainda com cateter no corpo, mas vibrando com a cura do câncer.
Fui entrevistado por ele em todos os programas de tv, sob o seu comando. Tipo uma mão lava a outra.
Abelardo é o retrato do leitor, nessas horas de que ninguém sabe e que se confunde com o jornalista e sua coluna.
Parabéns e amanhã tem mais.
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OPINIÃO - 22/11/2024