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Formada em Direito, Administração com ênfase em Comércio Exterior e pós-graduada em Comunicação Corporativa pela Universal Class da Florida.
É lider climate reality change pelo Al Gore e ceo do site Belicosa.com.br onde escreve sobre comportamento digital e Netnografia.

Entenda o que é Dependência tecnológica

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publicado em 06/07/2022 ás 07h59

Porque o uso continuo das telas trazem riscos a sociedade

Num mundo globalizado e rodeado pela tecnologia, viver sem ela parece impossível. E os riscos do uso diário da tecnologia esta nos transformando em dependentes da tecnologia. #dependenciatecnologica.

Pense na coisa que mais gosta de fazer. Agora imagine você praticando ela todos os dias 24 horas por dia e 7 vezes por semana.  Pode ser fazer sexo, comer chocolate ou tomar sol, uma hora o corpo vai fadigar e voce vai precisar parar certo?

Com a tecnologia é o mesmo. Nossa mente, nosso corpo e nossas relações estão sendo afetadas simplesmente porque  estamos usando de forma ERRADA e em EXCESSO.

Você ouviu bem, estamos todos dependentes da tecnologia uns em grau mais baixo e outros em níveis severos.

Todos os dias vemos novas tecnologias surgindo, mas a maioria das pessoas acabam extrapolando o tempo de uso e essa nova dependência, acaba sendo comparada até com vício a drogas e álcool.

Muita gente não consegue mais ficar sem um dispositivo na mão, não consegue comer ou dormir direito sempre atado a tecnologia afetando suas rotinas negativamente.

Será que não é hora de entender melhor o que é dependência tecnológica e moderar sua utilização?

Mas o que é Dependência Tecnológica?

Do ponto de vista clinico, dependência tecnológica é quando o individuo não consegue controlar o próprio uso que faz, seja ele, das telas, da internet, de jogos ou das redes sociais, ocasionando prejuízo e sofrimento intenso a diversas áreas da vida.

As comorbidades mais comuns apresentadas pelas pessoas são: Diminuição de rendimento profissional ou escolar, isolamento social e conflitos familiares.

De acordo com a neuropsicológica da navegação online, atividades continuas tecnológicas comprometem progressivamente a capacidade de concentração do cérebro e isso prejudica o pensar de forma mais reflexiva, com mais foco e atenção.

E um individuo que não consegue se concentrar e nem descansar direito vai ter depressão, ansiedade, obesidade, Transtorno de déficit de atenção, fobia social e por aí vai.

De acordo com Andrea Jotta, pesquisadora do laboratório de psicologia em tecnologia, informação e comunicação da PUC-SP “ Desde a entrada da internet discada no Brasil estamos acompanhando a evolução do uso da tecnologia pelas pessoas. E o que esperávamos ver daqui 5 ou 10 anos aconteceu do dia para a noite”

E como identificar que alguém tem dependência de tecnologia?

Isso somente pode acontecer com diagnostico de um profissional na área da saúde.  Nos pobres mortais não vamos diagnosticar ninguém ok!

Por mais na cara que esteja, que alguém que conheça tenha dependência em tecnologia, o melhor que pode fazer é buscar ajudar ou indicar que alguém busque ajuda. E não resolver o problema sozinho.

A situação se torna preocupante quando o mundo digital se sobrepõe as atividades do cotidiano e experiências da vida digital, são mais ativas que as da vida física.

Como prevenir a dependência digital?

Tenha senso critico! Sempre questione se uma tecnologia é para você.

Fique atento ao seu corpo: Problemas com o sono, dor na coluna, problemas de visão ou psicológicos podem indicar a hora de procurar ajuda.

Trabalhe para dosar o uso das tecnologias no cotidiano, e fique atento se não está prejudicando o trabalho ou estudos.

Pratique atividades ao ar-livre e em contato com a natureza.

Prefira o contato social físico ao virtual.

Faça exercícios físicos e

Não se deixe abalar por publicações na internet.

É a primeira vez na humanidade que temos 5 gerações vivendo no mesmo tempo e espaço e isso faz com que a adoção da tecnologia seja uma premissa para existir. Mas seria legal a gente aprender mais com as experiências físicas de tanta gente ao nosso redor do que ficarmos do outro lado da tela só olhando não acham?

Por: Maria Augusta Ribeiro. Especialista em Netnografia e Comportamento Digital Belicosa.com.br

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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