João Pessoa, 19 de março de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A avassaladora renovação no comando da Unimed-
João Pessoa, nosso maior plano de saúde privado, consagrada nas urnas nesse sábado com folgada maioria, só surpreendeu aos adeptos da tese, movida por erro de leitura
ou interesse umbilical, de que poder econômico, intimidação e uso da máquina são barreirasintransponíveis.
Por maioria de 304 votos, num universo de 1270
votantes, os cooperados da Unimed carregaram pelo caminho estreito o sentimento da mudança, mesmo permanentemente tentados ou ameaçados à sedução do caminho
largo, ora representado pelas vantagens do poder, ora
encarnado na tentação da omissão ou conivência.
No caso da eleição da nova diretoria da Unimed,
cujos efeitos e aprendizado extrapolam a circunscrição da
Cooperativa, venceu a capacidade de renúncia e desprendimento de líderes da oposição, capitalizada com a
escolha de uma chapa plural e creditícia da confiança e esperança de quase toda aclasse. Não de um grupo isolado.
Ponto para o distenso médico e professor Alexandre
Magno, que encarnou o desejo da maioria, materializado
na ruptura de um modelo paternalista e fechado. Os 20
anos de senhorio fizeram Aucélio Gusmão menosprezar o
dito de Guevara. O poder pode matar duas ou três rosas,
mas jamais detém o florescer da primavera.Lição que exa-
la para além das paredes da Unimed.
Case de sucesso – Coordenador de marketing da chapa vitoriosa,
o publicitário Ruy Dantas
emplacou mais uma no currículo da sua Sin Comunicação: prêmio na categoria
“Davi contra Golias”.
Primeiras providências – O novo presidente da Unimed, Alexandre Magno,
se prepara para analisar a fundo a atual situação da
Cooperativa. “O desafio é melhorar os honorários médicos, a relação médico e cliente e o nível de satisfação do
usuário em relação aos serviços”. Magno já começou
cortando 10% dos salários dos novos diretores. A redução do dele é de 20%.
Desprendimento – Nos bastidores das
articulações, foram muitos
os testemunhos de renúncia
de ases da oposição, que
retiraram antigas postulações em nome da unidade e
do espirito coletivo.
Plataforma e filosofia de gestão – Em entrevista ao colunista, Alexandre avaliou sua
eleição como a vitória de uma proposta diferente de gestão, que almeja a discussão coletiva das questões ligadas
ao ato médico e a Cooperativa. “Vamos discutir não só na
diretoria, mas coletivamente”.
Ponderação e convite à unidade – Magno evitou alimentar revanchismo com o grupo
derrotado. “A cooperativa é única. Temos respeito por
Aucélio e seus auxiliares. A nossa proposta foi aceita para
gerir a cooperativa com os 1.500 cooperados. Quero contar
com a colaboração de todos”.
Família – O prefeito Luciano
Agra (PSB) precisou cancelar compromissos de sua extensa agenda para acompanhar de perto o tratamento
de um irmão, que atravessa
problemas de saúde.
Enquadramento – É de angústia o sentimento de alguns líderes
socialistas quanto ao processo
de sufocamento protagonizado por setores do PSB a quem
tem visão distinta da maioria.
Coração dividido – Graduado Cunha Lima
confessou à Coluna apetite
à chapa Daniella Ribeiro
(PP) e Bruno Cunha Lima
(PSDB), apesar de externar
torcida por Romero Rodrigues (PSDB).
Operação 2014 – Dizem em Brasília
que o presidenciável Aécio
Neves sonha ter o senador
Cássio (PSDB) na sua coordenação de campanha no
Nordeste. E como candidato
ao Governo.
Convertido – Fiel da rigorosa
Assembleia de Deus, o exdeputado Nivaldo Manoel
(PMDB) não resistiu à tentação das redes sociais. Sem
medo de pecar, ele começou
pelo Facebook.
Promessa – Pelo adiantado da
hora, dead line do Jornal e
lentidão na apuração dos
votos, o desfecho do encontro do PT pessoense será
tema de análise e comentá-
rio da Coluna de amanhã.
Borracha – “E se de dia a gente
briga, à noite a gente se
ama”. De Hildevânio Macedo pregando pacificação
das alas divergentes, após a
definição da tática eleitoral
do PT da Capital.
Más recordações – Quando se lembra da
eleição 2010, o ex-deputado
Jeová Campos (PT)deve embrulhar todo o estômago ao
abrir a boca para defender
a candidatura deLuciano
Cartaxo (PT).
Nome aos bois – O temperado deputado
Toinho do Sopão (PTN) não
tem jeito. Nosbastidores, ele
começou a debulhar quem
são os vereadores ‘namoradores’ da Câmarada Capital.
Na frente – A Coluna intitulada
“Ladeira Abaixo”profetizou
no distante 15 de agosto de
2011: “O regime instalado
há doze anos na Unimed
entra no ciclo da contagem
regressiva”. Confere?
Pingo Quente
“O desastre que está aí é uma lição amarga para o povo”
(Do ex-governador José Maranhão (PMDB) sobre o Governo Ricardo e ainda
remoendo o seu desastrado desempenho eleitoral em 2010)
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OPINIÃO - 22/11/2024