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O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, renunciou nesta quinta-feira (7) à liderança do Partido Conservador e, por consequência, deixará o cargo de primeiro-ministro. Ele pretende, no entanto, manter-se em funções até que o Partido Conservador escolha novo líder.
Desde a última sexta-feira o premiê britânico vinha passando por mais uma crise no seu governo e sofria sortes pressões para deixar a liderança do país.
Nos últimos três dias, mais de meia centena de governantes britânicos apresentaram a demissão, após novo escândalo que envolveu Johnson. A debandada de ministros, secretários e assessores intensificou-se, com mais saídas de peso às primeiras horas da manhã.
Para o Partido Trabalhista, principal força da oposição, a saída de Boris Johnson é “uma boa notícia”. No entanto, a decisão “já devia ter acontecido há muito tempo”.
“Ele sempre esteve inapto para o cargo. Foi responsável por mentiras, escândalos e fraudes a uma escala industrial. E todos que foram cúmplices devem estar completamente envergonhados”, afirmou o líder trabalhista Keir Starmer.
Em decorrência dessa crise de confiança, mais de 40 membros do partido e do governo de Johnson pediram para deixar os cargos, incluindo alguns de seus principais ministros.
Anteriormente, o primeiro-ministro britânico já havia passado por uma votação de desconfiança, da qual ele saiu vitorioso. Naquele momento, a crise havia se instalado devido às festas realizadas na sede de governo durante a pandemia.
MaisPB com G1
OPINIÃO - 22/11/2024