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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

A mobilidade do ciúme

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publicado em 09/07/2022 às 08h36
atualizado em 09/07/2022 às 08h12

O ciúme é uma coisa doida. Sai do controle. Entra no celular feito um Hacker, nunca um haikai.  Com o tempo, vai ficando pior. Eu não digo nada.

Seu Oscar Costa, o amor de Dona Yvone Lara, dizia aos amigos, resignado: “Depois de velha, agora minha mulher é artista”. Oscar  Dona Yvonne Lara se casaram 1947 e, mesmo sabendo do fascínio dela pela música, mais precisamente o samba, ciumento até a alma, ele nunca aceitou com bons olhos a presença dela naquele ambiente dominado por homens e pela boemia”

Boemia aqui me tens de regresso.  ‘

Não sabia Seu Oscar que D. Yvonne era o próprio sonho. Em abril, ela teria feito cem anos. Sonho meu, vai buscar quem mora longe…

Ciúme deixa margem de manobras e se alinha com confusões e tiroteios. O ciúme não gosta do rock and roll. Está mais para dançar sem som.

Você é uma pessoa ciumenta? “Nunca mais faço isso”, “perdão”, “eu juro, não vai acontecer outra vez”

O ciúme mata à medida que as vidas se libertam.

Quando o ciúme ataca não dá para ficar em zona de conforto, aliás, “zona de conforto”, é uma expressão bastante desconfortável.

Eu li que os talibãs são muito ciumentos. Já os traficantes, não. Eles preferem contar dinheiro.

R me ligou falando de suas fantasias em Bananeiras.

No sinal fechado, o cara briga por ciume com a namorada, e ela diz: “o sinal abriu, seu idiota”.

Que agonia, o mundo velho e vazio. O isolamento é cada vez maior, não se engane.

Feliz Ano Novo, Rubem Fonseca, o velho cobrador dos ciumentos.

Dona A dizia que ciúme é uma coisa do demo, tentação. Eu num sei.

Paredes não tem ouvidos

Quando vim morar no Cabo Branco, ( se não tivesse saído do Edifício Santo Antônio, em Tambaú, onde morava vizinho a um casal, que a mulher dava tapas na cara do marido, com ciúme) era lá que eu gostaria de ter ficado.

Nem às paredes confesso 

Não gosto de gente que vive doente de ciúme. E ciúme de amizades? Te dana!

O ciumento vive num inferno. Bom era o “Inferninho” de Baía Formosa.

O ciúme está disposto a tudo.

Casas abandonadas, carros destruídos. Tudo por causa do ciúme.

A camisa manchada de batom, já era. Agora é o celular. A culpa é do detetive.  Cartas para a cartomante de Machado.

Kapetadas

1 – Os políticos já começaram a pedir nossa confiança. Depois de eleitos jamais a devolvem.

2 – Quase tudo se espatifa, menos os patifes, cafajestes e ciumentos.

3 – Som na caixa: “Sobre toda estrada, sobre toda sala, paira, monstruosa, a sombra do ciúme”, CV.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB